Desde o início de janeiro, o Grupo CNH Industrial não controla mais a Iveco. Dessa forma, a marca de origem italiana passa a ter total autonomia em sua administração. Nesse sentido, a Iveco Group como holding terá sob o seu guarda-chuva as marcas Iveco Caminhões e FPT (Fiat Powertrain), que produz motores e componentes veiculares.
Ademais, há a Iveco Capital, braço financeiro, bem como Heuliez e Iveco Bus, fabricantes de ônibus. A Iveco Defence Vehicles produz equipamentos de defesa e proteção civil altamente especializados. Há ainda as marcas Astra, especialista em veículos de construção, e Magirus, fabricante de veículos e equipamentos de combate a incêndio.
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No comunicado, a fabricante informa que um dos principais benefícios da nova fase é dar ênfase às necessidades atuais e futuras dos clientes. Nesse sentido, o controle nas mãos da matriz permitirá acelerar as metas de inovação, assim como a velocidade de lançamentos no mercado. Ou seja, vai responder com mais agilidade aos anseios dos clientes.
Marca prepara caminhões elétricos
O Grupo Iveco, portanto, está sob nova direção e vai agregar inclusive áreas de pesquisa e desenvolvimento de combustíveis alternativos. E isso se traduzirá no desenvolvimento de propulsores que atendam às demandas futuras e aos limites de emissões de gases.
Nesse sentido, vale ressaltar que Iveco mantém uma joint venture com a Nikola. As duas empresas trabalham juntas desde 2019. E, no final de dezembro, anunciaram a entrega do primeiro caminhão fruto dessa união, o Nikola TRE. O caminhão 100% elétrico teve a primeira unidade feita na fábrica de Ulm, na Alemanha.
Nessa nova jornada, a empresa estima estreitar ainda mais a relação com companhia norte-americana. Já na Europa, a Iveco lidera as vendas de veículos comerciais a gás. O seu portfólio inclui motores GNV e GNL, mas há também um motor elétrico a bateria para a Daily Electric. Ou seja, há vários produtos com potencial para chegar ao mercado brasileiro.
Marca lançará novos caminhões no Brasil
Desde 2020, a Iveco cresce em participação de mercado no Brasil. Só no ano passado, a marca fechou com alta de 30% nas vendas em comparação com 2019. Enquanto isso, o setor caiu 11% em decorrência da pandemia da covid-19. E, para quem apostou que seria algo passageiro, no 1º semestre do ano passado, a Iveco registrou crescimento nas vendas de 71%, enquanto o mercado geral cresceu 54,45%. Segundo a empresa, o resultado inclui todos os veículos a partir de 3,5 toneladas de peso bruto total (PBT).
Até o fechamento desta reportagem, a marca não divulgou o desempenho no ano de 2021. Seja como for, pegando carona na nova fase, a fabricante deve atualizar o seu portfólio no mercado brasileiro em breve. O mais aguardado e já anunciado é o caminhão a gás.
Segundo revelou ao Estradão o diretor comercial da Iveco Brasil, Ricardo Barion, uma pré-série com 20 unidades será feita em Sete Lagoas (MG), a partir de fevereiro. As unidades serão testadas por empresários do setor rodoviário de longas distâncias.
Outra novidade é a introdução, em breve, do caminhão pesado S-Way. O modelo chega atendendo a norma P8 (equivalente a Euro 6), obrigatória em caminhões pesados a partir de janeiro de 2023. O caminhão deve ocupar o lugar do Iveco Hi-Way. Apesar de produzido no Brasil, o modelo deve sair de linha, como já ocorre no mercado Europeu.