Avaliação

Aceleramos: caminhão elétrico pesado da XCMG tem bateria cambiável e muito recheio

Andamos no XCMG E7-49T, caminhão 6x4 100% elétrico que estreia no mercado cheio de tecnologias de segurança e para recarga das baterias

Andrea Ramos

12 de jun, 2023 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

Andamos no novo E7-49 da XCMG
XCMG
Crédito:XCMG/Divulgação
Andamos no novo E7-49 da XCMG

A XCMG lançou sua linha de caminhões elétricos pesados no Brasil da gama E7. E o Estradão acelerou no cavalo-mecânico 6x4. Ou seja, o maior caminhão elétrico à venda no Brasil. Trata-se do E7-49T, o trator chega com peso bruto total combinado (PBTC) de 49 t. É um motor elétrico que oferece autonomia de 150 km com o veículo carregado.

Mas calma, nesse ramo os veículos com essa autonomia pouco atendem à demanda do transporte rodoviário. Por essa razão, a marca traz um sistema denominado Swapping. Ele consiste no sistema de troca de baterias. Para efeito de comparação, seria como trocar as pilhas, dadas às devidas proporções.

LEIA MAIS
Caminhão VW Meteor vai ganhar novas versões no Brasil
Iveco apresenta micro-ônibus eDaily totalmente elétrico na Europa
Lula inaugura fábrica de ônibus elétricos da Eletra em São Bernardo do Campo


Publicidade

As células da bateria estão concentradas em um conjunto único, instalado atrás da cabine. A "caixa" permite que a troca ocorra em cerca de seis minutos por meio de um sistema automatizado. Assim, com o auxílio de uma empilhadeira simples, o frotista desconecta o pacote do caminhão, retira o conjunto completo e instala outro, carregado, com facilidade.

Diretor de vendas da XCMG, Ricardo Senda, não informou o investimento para este sistema. Porém, diz ser vantajoso. Sobretudo para aplicações em que o caminhão não pode parar para recarga. Nesse sentido, a fabricante também oferece estudos sobre o que for mais adequado ao cliente referente à infraestrutura de recarga. No modo tradicional, há opções de recarregamento em até 1 hora.

Andamos no novo E7-49 da XCMG
Pelo sistema Swapping a troca das baterias ocorre em apenas seis minutos

A experiência a bordo do XCMG

Andamos no caminhão sem implemento, portanto, sem carga. Mas ainda assim foi possível experimentar o que ele entrega. Além da experiência de rodar a bordo de um caminhão pesado movido a baterias.

Nesse sentido, o E7-49T conta com motor elétrico de 482 cv. E graças ao torque imediato de 204 mkgf o caminhão obedece de forma instantânea ao pedal do acelerador. Aliás, o que vai demandar certa parcimônia por parte do motorista é justamente dosar a força do pé no acelerador. Bem como na frenagem, já que o caminhão em uma leve tocada no pedal de freio também responde rápido.

De acordo com Senda, a transmissão automatizada de 4 velocidades foi eleita para garantir mais robustez. Afinal, o caminhão pode rodar por qualquer tipo de terreno, até os mais acidentados. Dessa forma, a montagem do motor e da transmissão é do tipo central. E o conjunto elétrico utiliza o eixo cardan para transmitir a tração aos dois eixos traseiros.


A adoção do motor elétrico permite soluções diferentes. Como a adoção do motor diretamente no eixo. Porém, os engenheiros da XCMG optaram pela estrutura mecânica de eixos e suspensões comuns ao mercado para garantir um menor custo de manutenção.

Andamos no novo E7-49 da XCMG
A cabine do caminhão pesado da XCMG traz painel digital e recursos de segurança ativa

"Embora o torque seja linear e, em teoria, o motor elétrico não precise de câmbio, as reduções executadas pelas engrenagens ajudam a poupar energia elétrica. Sobretudo nas arrancadas", explica o diretor da XCMG.


Dessa forma, o motorista pode guiar o caminhão no modo "Drive". Mas também comandar as trocas de marchas por meio de uma alavanca seletora no console central. Assim como ocorre nos caminhões com motores diesel.

Segurança embarcada

Acompanhando a tendência de mercado de cavalos-mecânicos com segurança ativa, o E7-49T traz de série alguns recursos. Assim, por R$ 1,35 milhão, o novo caminhão conta com alerta de colisão frontal, LDWS (sistema de aviso de saída de faixa), AEBS (frenagem em emergências) e ESC (controle eletrônico de estabilidade).

Siga o Estradão no Instagram!


Deixe sua opinião