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Reis das estradas: os caminhões da Scania que fizeram história

Confira detalhes de três modelos da Scania considerados como os reis das estradas e cujas trajetórias se confundem com a do transporte de carga no Brasil

Aline Feltrin

22 de nov, 2022 · 6 minutos de leitura.

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reis da estrada
Crédito:Divulgação: Scania

Reis das estradas é como alguns modelos da Scania foram apelidados. E, para celebrar os 65 anos da marca no Brasil, o Estradão relembra três desses caminhões. Ou seja, o chassi rígido L75 e os cavalos-mecânicos L76 4x2 e T113 6x2. O termo King of Road, ou rei da estrada, surgiu na Europa. No Brasil, deu nome a um jornal produzido pela companhia.

Seja como for, a história desses caminhões se mistura com a do setor de transporte de carga no Brasil. Assim, listamos algumas curiosidades dessa trajetória.

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L75 era o mais potente da época

No fim dos anos 1950,  a marca sueca se chamava Scania-Vabis. Trata-se da sigla formada pelas primeiras letras da Vagnsfabriks Aktiebolaget i Södertälje, fabricante sueca que passou a integrar o grupo em 1911. A companhia iniciou a operação de sua primeira fábrica fora da Suécia em 1957. A planta ficava no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital paulista.


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L75 surgiu no Brasil na cor cinza e, depois, ganhou o tom azul; Fotos: Scania

O primeiro caminhão feito nessa linha de montagem foi o L75. O modelo rígido tinha tração 4x2 e motor D10 de 4 tempos com injeção direta. Parte das peças vinham da Suécia e outras eram feitas no Brasil. De acordo com a Scania, a potência, de 165 cv, era a maior para esse tipo de veículo na época. Inicialmente, a carroceria era pintada de cinza. Depois, passou a ser azul (foto acima).

L76, o mítico jacaré  

Depois, na década de 1970, a Scania passou a fabricar o L76. Trata-se do primeiro caminhão feito na nova fábrica da empresa, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Assim, o novo modelo era uma evolução do L75. Porém, tratava-se de um cavalo-mecânico com tração 4x2. Ou seja, tinha engate para semirreboque. Além disso, foi o pioneiro com cor laranja, que se tornaria uma marca registrada da Scania.


Carl XVI Gustaf, rei da Suécia, país de origem da Scania, confere um L76 durante a Fenatran 2022

Assim, o L76 4x2 abriu espaço para o surgimento da indústria de implementos rodoviários no País. Aliás, graças ao motor de 275 cv, o novo caminhão rebocava vários tipos de reboque. Em 1972, surgiram o L110 e o LS110, com motor 11 litros. Esses modelos foram apelidados de jacaré. O termo estaria ligado ao formato da cabine avançada e à força e robustez do cavalo-mecânico.

T113: o primeiro 6x2 de fábrica

Como resultado, o bicudo da série T foi um dos caminhões mais bem-sucedidos da Scania no Brasil. Além dele, a marca também oferecia a série R, que ficou conhecida como cara-chata. Isso porque o motor fica sob a cabine. Ou seja, as cabines T eram avançadas e as R, do tipo cara-chata.


T113: o primeiro com cabine Top Line do Brasil

De acordo com a Scania, o cavalo-mecânico foi o primeiro caminhão do Brasil com tração 6x2 de fábrica. O motor DSC 11.36 de seis cilindros em linha gerava 360 cv de potência. Havia duas opções de cor para a cabine: azul e vermelha.

O T113 também foi o primeiro Scania com opção de cabine Top Line, a mais luxuosa da época. Entre os destaques, a altura era 22,5 cm maior que da versão convencional. O modelo é considerado como um dos mais importantes da história da empresa no País. Tanto que foi o símbolo das comemorações de 60 anos da marca no mercado brasileiro, celebrados em julho de 2017.


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