O diesel ficou mais caro nas refinarias nesta sexta-feira (19). Ou seja, trata-se do terceiro aumento em 2021. Logo depois do anúncio da alta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que vai zerar os impostos federais sobre o diesel. A medida, válida por dois meses, entrará em vigor no dia 1º de março.
Segundo ele, a equipe econômica do governo ainda vai estudar maneiras de zerar os tributos. Na semana passada, o governo enviou ao Congresso um projeto de lei que prevê unificar a cobrança do ICMS em todo o País.
Nesse meio tempo, o diesel subiu três vezes no ano e a gasolina, quatro. Ou seja: a partir desta sexta-feira (19) o preço médio do litro do diesel nas refinarias passou a R$ 2,58. A alta deve chegar às bombas dos postos em breve.
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Diesel aumentou 11% em menos de dois meses
Dessa forma, o preço do diesel já subiu 11% nas refinarias em menos de dois meses. De acordo com a Petrobras, o motivo que os valores dos combustíveis variam conforme o mercado internacional. Ou seja, acompanham a variação do dólar e da cotação do petróleo no exterior.
Seja como for, a redução do preço do diesel é uma das reinvindicações dos caminhoneiros. Nesse sentido, a categoria chegou a ameaçar uma paralização nacional no início de fevereiro.
Segundo os caminhoneiros, o objetivo era pressionar o governo a cumprir as promessas feias após a greve de 2018. Nesse sentido, a redução do preço do diesel faz parte da lista de dez reinvindicações dos motoristas.
Caminhoneiros cobram promessas do governo
Mas o movimento perdeu a força e a paralização, marcada para o dia 1º de fevereiro, não ocorreu. Segundo alguns dos representantes da categoria, o movimento passou a ter viés político.
Em nota, a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) diz que as altas nos preços prejudicam toda sociedade. Segundo a Abrava, o aumento no preço do diesel reflete em toda a cadeia produtiva.
Presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, disse ao Estradão que a categoria espera que o governo tome medidas efetivas. "O governo nada fez de concreto até o momento. Precisamos que o presidente dê a devida atenção à questão (do preço do diesel) com medidas efetivas. E não fique apenas nas promessas.”