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Risco de greve de caminhoneiros vira protesto em pontos isolados

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a greve dos caminhoneiros não bloqueou nenhuma rodovia do Brasil

Aline Feltrin

01 de fev, 2021 · 5 minutos de leitura.

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greve dos caminhoneiros
Crédito:Foto: Scania Trucks

Uma greve de caminhoneiros, marcada para esta segunda-feira (1º de fevereiro), não ocorreu. Ou seja, o que prometia ser uma paralisação nacional se transformou em protestos pontuais.

Nesse sentido, pela manhã os caminhoneiros interromperam duas faixas da Rodovia Castello Branco (altura de Barueri), em São Paulo. Assim como protestaram contra o governador do Estado, João Doria (PSDB).Logo depois, voltaram a rodar.

Nesse meio tempo, na página do Conselho Nacional do transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) no Facebook há vídeos de supostas manifestações. As ações teriam ocorrido em Salvador (BA), Cana Verde (MG) e Colinas  (TO).


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Contudo, não é possível saber se os vídeos são de eventos ocorridos hoje. O Estradão tentou contato com o CNTRC. Contudo, até agora ninguém retornou o pedido de informações.

Segundo informações do CNTRC, 26 entidades e 30 mil caminhoneiros fazem parte de seus quadros. A entidade foi a principal organizadora do movimento em prol da greve.

Em seu site, a CNTRC informa que a greve de caminhoneiros teve início nesta segunda-feira (1). Assim como não tem prazo para acabar.


Ainda assim, a entidade manterá um canal aberto para negociar as reivindicações da categoria. As principais delas são a redução do preço do diesel e a garantia e fiscalização de pagamento do valor mínimo do frete.

PRF informa que as estradas estão livres

Presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava), Wallace Nunes, o Chorão, disse  que até não há relatos sobre pontos de bloqueio e manifestação em nenhuma estrada do Brasil.

De acordo com informações do Ministério da Infraestrutura e da Polícia Rodoviária Federal, em todas as rodovias o fluxo de veículos é livre. Ou seja, não há nenhum ponto com bloqueio feito pelos caminhoneiros.


Nas redes sociais de caminhoneiros, as opiniões sobre a paralisação estão divididas. Na sexta-feira (29), o movimento em prol da greve de caminhoneiros havia perdido força.

Sobretudo após a desistência dos motoristas que atuam no porto de Santos (SP). E, também, da mudança de posição da Abrava, que passou a ser contra a greve de caminhoneiros.

No domingo (31) houve o suposto vazamento de um áudio em grupos de WhatsApp de caminhoneiros. A conversa teria ocorrido entre o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas, e um líder da categoria.


No diálogo, Dias teria adito que o governo não tem condições de atender as principais reivindicações dos caminhoneiros. Havia o receio de que essa mensagem aumentasse o descontentamento dos motoristas.

Mas o fato é que não há uma liderança nacional do setor. O que existem são líderes e grupos locais e pulverizados. Ou seja, ao que tudo indica, o risco de uma greve de caminhoneiros está descartada.

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