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Volvo FM Electric terá 2 t a mais de capacidade no eixo dianteiro; entenda

Caminhões elétricos da Volvo vão rodar em testes com 2 t a mais de peso no eixo dianteiro, o que vai elevar a capacidade para o mesmo nível de modelos com motor a diesel

Andrea Ramos, de Brasília, DF

11 de abr, 2024 · 6 minutos de leitura.

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Volvo FM Eletric vai rodar com 2 t a mais de capacidade no eixo dianteiro; entenda
Volvo FM Eletric
Crédito:Andrea Ramos/Estadão
Volvo FM Eletric vai rodar com 2 t a mais de capacidade no eixo dianteiro; entenda

O Ministério dos Transportes e a Volvo Caminhões anunciaram o início do estudo de viabilidade de circulação de caminhões pesados elétricos no Brasil. Como novidade, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) vai autorizar o acréscimo de 2 toneladas na capacidade de carga do eixo dianteiro. 

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Em outras palavras, os caminhões pesados elétricos passam a ter capacidade de carga útil similar a de modelos com motor a diesel. Seja como for, o que vai determinar esse aumento será o tipo de carga transportada - volumosa ou densa.


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Inicialmente, serão feitos testes de rodagem em condições reais de uso. Dessa forma, a Volvo informa que 10 caminhões FM Electric vão percorrer rotas intermunicipais de até 300 km de distância. Ou seja, o limite de autonomia desses caminhões elétricos. Porém, detalhes sobre essas rotas não foram revelados.

Segurança viária e o aumento de capacidade

Conforme o Secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, o objetivo do estudo é buscar alternativas sustentáveis para o transporte de cargas em no País. Bem como soluções focadas na segurança viária. "Temos de estudar o quanto o aumento pode interferir na segurança no trânsito. Por isso, estamos fazendo um trabalho com parceiros como a Volvo, fabricantes de pneus e outros sistemistas”, explica. 

Volvo FM Eletric vai rodar com 2 t a mais de capacidade no eixo dianteiro; entenda
Andrea Ramos/Divulgação
Volvo FM Electric tem opções cavalo-mecânico, com tração 4x2 e 6x2 e rígido com 300 km de autonomia

Segundo a Volvo, a coordenação técnica é do Instituto Nacional de Projetos para Trânsito e Segurança (Inprotran). Além da Volvo, estão no projeto a fabricante de pneus Prometon e a Universidade de Brasília (UnB). Bem como o laboratório de pavimentação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 

Nova regra pode entrar em vigor em breve

Assim, a partir dos resultados apurados, a Senatran pretende estabelecer os critérios para que caminhões elétricos pesados possam circular de forma regular nas rodovias e vias urbanas. Conforme o secretário, a intenção é ter os resultados dos testes ainda em 2024. Assim, uma nova regulamentação pode entrar em vigor já no início de 2025.

Conforme o presidente da Volvo, Wilson Lirmann, um caminhão FM Electric tem 6 t de capacidade de carga no eixo dianteiro. Portanto, se o estudo comprovar a viabilidade do aumento, a capacidade passará a ser de até 8 t. Ou seja, será similar a de caminhões equivalentes com motor a diesel. 


Segundo dados técnicos divulgados pelas fabricantes, apenas o motor a diesel pesa cerca de 1 t. Por sua vez, cada bateria de um caminhão elétrico pesa em torno de 500 kg. Assim, considerando que o FM Electric precisa de seis pacotes de baterias para ter autonomia de 300 km, só esse conjunto pesa 3 t.

Volvo FM Electric tem 3 versões

Vale lembrar que a capacidade de carga útil do FM Eletric depende da versão. Atualmente, a Volvo oferece no Brasil o modelo em três versões. Ou seja, cavalo mecânico com tração 4x2 e 6x2, além de uma rígida com tração 4x2. Esta é voltada à operações vocacionais, como coleta de lixo, por exemplo.

Seja como for, com o aumento da capacidade no eixo dianteiro o operador poderá transportar mais carga. Com isso, a diferença de custo ante o caminhão a diesel vai ser absorvida mais rapidamente. Em média, um, caminhão a eletricidade pode ter preço cerca de três vezes maior que o de um equivalente a diesel. 


De todo modo, a novidade colocará o Brasil em pé de igualdade com outros mercados. Na Europa, por exemplo, o aumento da capacidade de carga do eixo dianteiro passou a valer recentemente. Além disso, em países como a Alemanha, havia subsídios para incentivar a compra de caminhões elétricos. Porém, no Brasil esse tipo de incentivo não existe. 

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