Scania é a derivação latina do nome da região de Skåne, no sul da Suécia. Nesta região, na cidade de Malmö, nasceu, em 1891, a primeira fábrica da montadora. Até então, a empresa produzia bicicletas. Contudo, com o decorrer dos anos, a Scania se tornou produtora de automóveis. Assim, atraiu outras empresas que queriam crescer no ramo. Pois, precisamente em 1911, a Scania se funde a Vabis (Vagnfabriks Aktie Bolaget in Södertälje), uma produtora de vagões ferroviários que também havia fabricado o seu primeiro automóvel de dois cilindros. Dessa forma, surge a Scania-Vabis.
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De início, a fusão se concentrou em uma fábrica na cidade de Södertälje, onde é a sede da empresa até hoje. Seja como for, mais tarde, nos anos 1960, a Scania se juntou com a Saab (Svenka Aeroplan Aktiebolaget), fabricante de aviões desde 1937. Mas também fabricava automóveis e computadores.
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Contudo, com a união, os veículos da marca ganharam "mais inteligência" e sofisticação. Além disso, ganharam o nome Saab. Assim, em 1968 nasce a Saab-Scania. Negócio que rendeu até o ano de 1989, quando as empresas se separam, e a Saab Automobile se tornou independente. Também neste ano, a Scania começa a se dedicar 100% à produção de caminhões, ônibus e motores comerciais.
Scania chega ao Brasil em 1957
No Brasil, a Scania chega em 1957. Porém, os estudos de viabilizar a empresa no País começaram muito antes. Afinal, a marca já exportava 43,7% de sua produção para todo o mundo. Todavia, em 1948, os primeiros ônibus da marca começam a aterrissar por aqui, por meio de importação.
Mas, quando chega ao País, a Scania se firma no bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde fez parceria com a Vemag, que também produzia automóveis. Mas importava também os caminhões Scania desde 1951 para suas operações.
Seja como for, quando a Scania se estabelece no País para a montagem dos primeiros veículos, logo encara o primeiro desafio. Recrutar e preparar colaboradores para montar caminhões e ônibus. Nesse sentido, a Vemag já encarava o mesmo problema em sua fábrica de automóveis.
Assim, para resolver o problema as marcas se uniram a outros fabricantes presentes no País, como Ford e GM. Assim, mantinham o rodízio entre os poucos bons profissionais da época. Paralelamente, as marcas começaram a preparar mais mão-de-obra.
L75 o primeiro Scania brasileiro
Seja como for, o primeiro caminhão saído da planta do Ipiranga foi o L75 em 1958. Construído na linha da Vemag, o motor era importado da Suécia. Porém, 35% das peças utilizadas eram nacionais.
Contudo, em 1959 é inaugurada a Scania-Vabis do Brasil. A primeira da marca fora da Suécia. A fábrica de motores estreou com a produção do D-10. Ou seja, um motor de 10,2 litros, de quatro tempos, com injeção direta de 165 cv a 2.200 rpm.
Nos anos de 1960, a Scania herda da Vemag uma rede com 160 concessionárias distribuídas por todo o País. Todavia, devido aos problemas de desorganização, a rede cai para 32 casas. E em 1961, a Scania começa as obras de construção da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A inauguração da planta ocorreu um ano depois. E a Scania está sediada lá até hoje. Do mesmo modo, como a única fábrica da Scania fora da Suécia.
Todavia, vale lembrar que a Scania está construindo uma fábrica na China. A nova unidade fabril é fruto de investimentos de € 2,5 bilhões. Conforme o Estradão revelou, quando estiver em plena operação, em 2025, poderá fazer 50 mil veículos por ano.
O grifo
O logotipo da Scania já passou por diversas modificações a fim de se adaptar ao gosto de cada época. Apesar das mudanças, o grifo é um mitológico. Ou seja, metade águia e metade leão. Seja como for, o símbolo mantém-se firme ao centro da marca Scania há mais de um século.
A Scania adotou esse símbolo baseado no brasão da província de Skåne, que havia sido inspirado no brasão que Erik da Pomerânia, rei da Noruega, Dinamarca e Suécia. Trata-se de um símbolo de força, vigilância e coragem em diversas mitologias. E seus primeiros registros datam de 3.000 a.C.
Trem-de-força de respeito
Todavia, como fabricante de caminhões, ônibus e motores, a marca sempre buscou a excelência. Seja em termos de robustez, bem como economia de diesel. Esta última, lhe rende boa fama no mercado. Seus motores são conhecidos pela força, em baixa rotação.
No Brasil, a marca também é dona de alguns feitos. Foi a primeira, em 2001, a apostar na introdução da caixa automatizada no País. Todavia, a fama de espalhar os benefícios do uso desse componente em caminhões pesados foi a Volvo.
Seja como for, mesmo à frente do seu tempo em apresentar tendências relacionadas ao motor, caixa e eixo, a Scania também é dona de clássicos. Nesse sentido, é a única marca de caminhões a manter a produção do motor V8 com a maior potência oferecida pela marca de 770 cv.
Em termos de inovação, com a introdução da Euro 6 no País, a marca trouxe novo motor de 13 litros, combinado a uma transmissão ainda mais dinâmica G25 e G33. Assim como novo eixo, mais robusto para as atividades rodoviárias. Há quem diga se tratar do último motor Scania com motor térmico.
Assim, quando se trata de novas tecnologias alternativas ao diesel, desde 2019 a Scania apostou no diesel como a tecnologia que vai atender o transporte até chegar à eletrificação. Nesse sentido, desde aquele ano, quando os caminhões começaram a ser vendidos, a Scania já emplacou mais de 1 mil unidades.
Neste ano, a fabricante do grifo fez a sua primeira venda de um caminhão elétrico. O semipesado P25 foi vendido para a PepsiCo.
Dona de séries especiais e clássicos
A Scania também a marca que mais tem Séries Especiais, no Brasil como na Europa. Ao longo da sua jornada no País, a marca já introduziu dezenas de modelos. Do mesmo modo, é dona de alguns clássicos como o Jacaré. Ou seja, o
A fabricante do grifo também é a marca que mais tem Séries Especiais no Brasil como na Europa. Ao longo da sua jornada no País, introduziu dezenas de modelos. Do mesmo modo, é dona de alguns clássicos como o Jacaré. Ou seja, o Scania 111S que levou a fama do animal devido ao design com a parte frontal pronunciada. Seja como for, com o modelo, lançado em 1975, a marca introduz a Série 1 no País.
Outros sucessos de venda da marca foram os caminhões da Série 3, seguida da Série 4. Esta última antecede a introdução de uma nova nomenclatura na Scania, destacada pelas cabines P, G e R. Com tamanha evolução dos caminhões, a marca introduziu ainda a cabine S. A maior da fabricante.
Nos últimos anos, o Grupo Traton, controla as marcas Scania, Volkswagen Caminhões e Ônibus, MAN, Navistar e RIO. A união trouxe benefícios às empresas. Afinal, a operação também é pautada no compartilhamento de projetos, desenvolvimento de novos veículos, etc. Nesse sentido, o caminhão International da Navistar foi apresentado nos Estados Unidos, com motor e caixa Scania desenvolvido por meio da plataforma S13.