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Kenworth K100, o caminhão que foi astro da TV e virou símbolo dos cabover

Um dos modelos mais emblemático da marca americana, Kenworth K100 foi lançado em 1961 e continua à venda com ícone dos caminhões cara chata

Andrea Ramos

01 de fev, 2024 · 7 minutos de leitura.

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Kenworth K100 está entre os caminhões mais lendários da indústria
Kenworth
Crédito:Kenworth/Divulgação
Kenworth K100 está entre os caminhões mais lendários da indústria

O Kenworth K100 é um dos mais icônicos caminhões do mundo. Além de suas virtudes em operações de transporte de longas distâncias, ele ganhou fama nas telas. Afinal, fez presença marcante na TV. Dessa forma, tornou um dos símbolos da cultura cabover. Ou seja, de caminhões com cabine cara-chata.

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O K100 e suas versões

O espaço interno da cabine, não deixava a desejar em relação ao grande espaço dos caminhões de cabine avançada. Isso por causa da cabine mais alongada na parte traseira. Por isso, ganhou fama de ser uma boa opção para viagens longas. Além disso, a sua combinação de duas cores sendo as mais populares azul e branco ou vermelho e branco, como na séria, contribuiu para sua popularidade.


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O K100 foi lançado em 1961. Na época, a Kenworth o posicionou como o mais sofisticado da empresa. Foi lançado simultaneamente como o W900 de cabine bicuda. A primeira geração do K100 foi fabricada até 1967. Depois, em 1968, a marca lançou a nova geração K100C, fabricada até 1983. Na sequência, veio a terceira e última geração, K100E, a mais longeva da família.

Afinal, ela foi fabricada de 1984 a 2002. Essas novas gerações foram modernizadas, conforme o avanço das tecnologias da época. Contudo, poucas alterações relacionadas à estética. O caminhão saiu de linha quando a demanda pelos modelos cabover desacelerou na América do Norte. A mudança nas leis para restrições de comprimento em caminhões comerciais privilegiou os com cabine avançada.

Porém, na Austrália a gama K continua em produção. Embora mantenha características técnicas que garantiram o sucesso do K100, o modelo foi atualizado e rebatizado de K200. Ele passou a ser feito no país da Oceania em em 2018. Entre as novidades, há conjunto de LEDs e luzes de uso diurno. Além disso, o para-choque e a grade dianteira cromados deram mais destaque à dianteira.


Motor e desempenho

Kenworth K100 está entre os caminhões mais lendários da indústria
Kenworth/Divulgação
Kenworth K100 ganhou novas versões e continua sendo feito na Austrália; Fotos: Kenworth

Seja como for, nos EUA o K100 tinha motor Cummins com 400 cv de potência e torque de 52,2 mkgf. A transmissão era manual, da Eaton, de 10 marchas. Sua capacidade de carga era de 55 toneladas e o tanque de de diesel tinha capacidade para 340 litros. 

Consequentemente, a boa autonomia se tornou um de seus predicados. Portanto, era uma opção mais do que adequada para longas viagens. Por outro lado, a velocidade máxima, totalmente carregado, era de 70 km/h. Vale ressaltar que a velocidade permitida atualmente para esse tipo de caminhão em vários países do mundo é de 80 km/h. 


Estrela de televisão

O Kenworth K100 marcou uma geração. Sobretudo por causa de uma versão que surgiu no fim dos anos 1970. Batizada de Aerodyne, foi estrela da série de TV norte-americana As Aventuras de B.J. A atração teve três temporadas e quase 50 episódios. Assim, ficou no ar de 1978 a 1981. A série conta a história de um jovem caminhoneiro que, juntamente com seu chimpanzé de estimação, vive várias aventuras pelas estradas.

Kenworth K100 está entre os caminhões mais lendários da indústria
Kenworth/Divulgação
Esse é o Kenworth K200, evolução do K100, e produzido e vendido para o mercado australiano

Contudo, por causa do sucesso da série e pelo fato de um dos protagonistas ser um jovem que dirigia um veículo pesado, centenas de adolescentes desejaram ser caminhoneiros nos anos seguintes. Este é um acontecimento que fez com que este modelo permanecesse na memória do público. 


Porém, o maior feito do K100 ocorreu em 1977, quando ele rebocou a Enterprise. Ou seja, o primeiro ônibus espacial feito pelos EUA. O caminhão saia da planta da Rockwell International até a base área militar Edwards, na Califórnia.

O modelo escolhido para a operação tinha tração 6x4 e cabine simples. Além disso, contava com motor Caterpillar de seis-cilindros e transmissão Eaton de 18 velocidades. Assim, venceu a tarefa sem titubear. Segundo informações da empresa, o implemento tipo linha de eixo com Dolly tinha 90 rodas. 

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