As fabricantes Scania e MAN, que pertencem ao Grupo Traton, anunciaram uma nova parceria para compartilhar componentes. As montadoras passarão a dividir motores, chassis e cabines. Assim, planejam reduzir custos e aumentar a eficiência da produção.
Para os executivos do Grupo Traton, a iniciativa deve trazer ainda mais benefícios. Afinal, Scania e MAN buscam sinergias entre suas unidades de negócios para, assim, tornarem-se mais competitivas no mercado global. Com a nova parceria, as marcas pretendem aumentar a eficiência em todas as etapas da cadeia produtiva. Ou seja, desde o desenvolvimento de novos produtos até a fabricação, comercialização e mesmo no pós-vendas.
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Scania e MAN serão o mesmo caminhão o futuro
Os caminhões da Scania e da MAN já oferecem as tecnologias mais avançadas disponíveis no Grupo. Justamente por isso, para a Traton, associar ambas as marcas vai ajudar no desenvolvimento de novos componentes de acordo com as demandas do mercado. Bem como vai compartilhar conhecimento entre as engenharias das duas fábricas.
Seja como for, com a nova dinâmica, os caminhões pesados da MAN serão equipados com o motor DC de 13 litros da Scania. Ou seja, o mesmo da Plataforma Super à venda no Brasil no padrão Euro 6. Do mesmo modo, os brutos alemães passam a equipar a caixa Opticruise da marca sueca. Assim como os eixos, suspensões e cabine.
Alias, com relação à cabine, a Traton não descarta a possibilidade de desenvolver uma opção com base nas tecnologias das cabines Scania R e MAN TGX.
Ainda sobre os motores de 13 litros, vale lembrar que o International, da Navistar, já roda com ele. No mercado norte-americano, é denominado S13. Já nos caminhões Volkswagen, a nova estrutura Traton Modular System chega em 2028.
Além disso, para a Traton, o compartilhamento de peças resultará em uma maior padronização e simplificação dos processos produtivos. Uma vez que todos os caminhões (por ora, apenas os pesados) terão os mesmos componentes.
Nesse sentido, a oferta de serviço na rede de concessionária deve mudar. Ou seja, as concessionárias estarão aptas para atendimento, bem como para pós-venda de clientes de ambas as marcas. Contudo, por ora, os executivos não detalharam como isso vai ocorrer.
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