A Sprinter acaba de completar 25 anos de mercado. E, para celebrar o feito, a Mercedes-Benz vem produzindo uma série de conteúdos para celebrar o feito. Desde que foi lançada, em 1995, na Alemanha, a linha, composta por modelos como vans, furgões e chassi-cabine, soma mais de 3,8 milhões de unidades vendidas no mundo todo.
A primeira geração, batizada de T1N, fazia alusão à antecessora T1, conhecida como Bremer Transporter. O início da produção em série do modelo ocorreu na fábrica de Düsseldorf, na Alemanha. O lote com as primeiras 500 unidades feitas foram vendidas no mercado alemão.
De volta ao passado
No começo, a linha era oferecida com Peso Bruto Total (PBT) entre 2,6 toneladas e 4,6 t. Havia duas opções do motor de quatro cilindros movido a diesel. A OM 601 D23 LA tinha potência de 82 cv e a OM 602 DE29 LA, de 156 cv. A marca também oferecia o M 111 E 23, de cinco-cilindros em linha, a gasolina. Nesse caso a potência era de 122 cv.
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Imediatamente, a gama de equipamentos da Sprinter chamou a atenção. O modelo tinha itens de série como freios a disco e sistemas antitravamento (ABS) e com distribuição eletrônica das forças de frenagem (EBD). O dispositivo, inovador no segmento, controla automaticamente a intervenção nos eixos dianteiro e traseiro, garantindo maior eficiência e segurança.
No lançamento, em 1995, a Sprinter já contava com várias versões, como para passageiros com bagageiro no teto
Prêmio na estreia
A linha ampla foi um dos trunfos para garantir o sucesso de vendas. Além de van, furgão e chassi-cabine, a marca oferecia opções que permitiam a personalização do modelo conforme a necessidade. Entre as variantes havia configurações do tipo plataforma, basculante, cabine dupla, com teto alto ou baixo, por exemplo. A Sprinter podia levar de cinco a nove pessoas.
A linha Sprinter chegou para atuar em atividades incomuns para veículos de sua categoria. Entre os exemplos estão canteiros de obras e serviços públicos e de atendimento de emergências. Isso era resultado do entre-eixos, cujas distâncias variavam de 3 metros a 4,04 m.
No ano do lançamento o modelo o título de “Van do Ano 1995”. O prêmio continua sendo concedido a veículos comerciais que se destacam pela tecnologia. A eleição é feita por um grupo de jornalistas de revistas de toda a Europa especializadas na área de transportes.
Sprinter com rodado duplo
Em setembro de 1995, durante o Paris Mondial du Transport Routier (Mundial de Paris do Transporte Rodoviário, em tradução livre), a Mercedes-Benz apresentou três novas versões da Sprinter. Batizadas de 408 D, 412 D e 414, tinham rodado duplo no eixo traseiro. Por a capacidade de carga útil era de 4.600 kg.
No mesmo ano, chegou a Sprinter 308 E com motor elétrico que gerava cerca de 45 cv de potência. Nos anos seguintes, a marca continuou apostando em versões com propulsão alternativa ao diesel. É o caso da híbrida plug-in, com motor a combustão e outro elétrico, cuja bateria pode ser recarregada na tomada. Há ainda protótipos a célula a combustível. Clique aqui para ver como o sistema funciona.
Um milhão de unidades
A primeira atualização no visual foi implementada em 2000. Por fora, a estrela, símbolo da Mercedes-Benz, subiu da grade dianteira para o capô. Na cabine, o destaque era o novo quadro de instrumentos. Além disso, a alavanca de câmbio passou a ser integrada ao painel. Com isso, houve um expressivo ganho no espaço interno.
A segunda geração estreou em setembro de 2002. Entre os diferencias havia o Controle Eletrônico de Estabilidade (ESP). O motor a diesel passou a ter injeção direta por duto comum. Com isso as potências variavam de 82 cv a 156 cv. No ano seguinte a marca alemão conquistou um novo feito. Da fábrica de Düsseldorf, a primeira no mundo a produzir o utilitário, saiu a Sprinter de número 1 milhão.
Modelo global
Logo após lançar a Sprinter na Alemanha, a marca escolheu a Argentina para produzir o modelo que seria vendido em toda a América Latina. A fabricação da gama no Centro Industrial Juan Manuel Fangio, em Virrey del Pino, na província de Buenos Aires, teve início em 1996. Da planta argentina também saíam as unidades em CKD (peças semi-montadas) enviadas para o mercado chinês.
Em 2006, a Mercedes-Benz encerrou a produção da Sprinter em Düsseldorf. A gama continuou sendo feita na Argentina, e enviada a outros mercados fora da região. O modelo também foi feito em países como o Egito e a Rússia.
No primeiro caso, a produção ficou a cargo da MCV (Manufacturing Commercial Vehicles). A empresa surgiu como uma distribuidora da Mercedes-Benz no Cairo, capital do Egito. E a partir de 2013, a fabricante russa de veículos comerciais GAZ produziu cerca de 25.000 veículos da gama para o mercado local.
Sprinter da Freightliner e da Dodge
A linha Sprinter também é vendida na América do Norte desde 2001. O modelo é feito pela Freightliner, marca do grupo Daimler, que também é dono da Mercedes-Benz. Quando a Dodge fazia parte do grupo alemão, o modelo também chegou a ser oferecido como parte da linha de produtos da marca.
A segunda geração do veículo estreou em Stuttgart no início de 2006. A versão chassi-cabine era produzida em Ludwigsfelde com tração total. Esse modelo estreou no Salão de Veículos Comerciais (IAA) em Hannover, Alemanha no mesmo ano.
A terceira geração da Sprinter chegou ao mercado europeu em 2018. E no Brasil começou a ser vendida em março deste ano. A nova linha está disponível com tração traseira, nas quatro rodas e, pela primeira vez na história, também com tração dianteira. Com isso a gama ficou ainda mais versátil.
Sprinter elétrica no Brasil
No Brasil, a linha Sprinter brilhou ao longo de 2019. As vendas cresceram em todos os segmentos nos quais o modelo concorre. O leque de opção vai de 3,5 t a 5 t de PBT. Em 2019, foram emplacadas 5.860 unidades no País. Isso representa 48% de participação de mercado. E crescimento total de 37% em relação aos licenciamentos feitos em 2018.
E vem mais novidades por aí. Em dezembro do ano passado a Mercedes-Benz apresentou a eSprinter. O modelo 100% elétrico é destinado inicialmente apenas ao mercado europeu. O motor movido a eletricidade gera o equivalente a 116 cv de potência e a tração é dianteira.
Para o Brasil, a boa notícia é que essa opção também pode estar caminho. Em dezembro do ano passado, o Estradão questionou a marca sobre a vinda do modelo. Em nota enviada à redação, a Mercedes-Benz informou que está “monitorando a evolução do mercado brasileiro para a introdução de vans elétricas no País.”