A eletrificação de caminhões caminha a passos rápidos em países da Europa e também nos Estados Unidos. Neste sentido, a Volvo aproveitou a demanda crescente para ganhar destaque nesses mercados. Assim, a montadora sueca já vendeu mais de 4.300 caminhões elétricos em mais de 38 países em 2022.
Mas é na Europa que a Volvo detém a liderança de mercado, com 32% de participação. Da mesma forma, na América do Norte, aproximadamente a metade de todos os caminhões elétricos emplacados no ano passado são Volvo.
O presidente da Volvo Trucks, Roger Alm, disse em nota que a montadora está disposta a liderar a transformação de caminhões elétricos. Mas admite que é ainda um mercado pequeno, porém, com potencial de crescimento. "Muitos de nossos clientes estão iniciando a transição para os elétricos e queremos ser protagonistas nesta mudança", pontua Alm.
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De acordo com o executivo, o objetivo é que 50% das vendas globais da Volvo sejam de caminhões elétricos em 2030. Vale dizer que a marca sueca iniciou a produção desses elétricos em 2019. E tem atualmente seis modelos que são produzidos em série para operações rodoviárias e urbanas.
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FM elétrico para o Brasil
A Volvo também tem planos para os caminhões elétricos no mercado brasileiro. Prova disso é que, na Fenatran de 2022, a montadora apresentou o modelo FM totalmente elétrico. Na ocasião, a fabricante sueca informou que estava apenas apresentando o caminhão aos clientes. Mas a intenção seria iniciar os testes ainda em 2023 no Brasil. Assim, a Volvo está convidando seus parceiros comerciais a conhecerem a tecnologia da marca.
O FM Eletric tem 44 toneladas de PBT e é feito para operações urbanas e rodoviárias de curta distância. Seu pacote de seis baterias possui autonomia para até 300 km. Com os testes iniciais no Brasil, a Volvo quer avaliar como será o desempenho das primeiras unidades que vão rodar por aqui. E, depois, anunciar o plano de lançamento no País.
Mercado ainda pequeno
Seja como for, o que a Volvo vai encontrar por aqui é um mercado ainda modesto para as tecnologias "limpas" e alternativas ao diesel. A venda de veículos comerciais elétricos e a gás somou apenas 90 unidades em fevereiro. Assim, na comparação com janeiro, houve queda de 157%. Da mesma forma, o desempenho foi menor que no mesmo mês de 2022, quando a indústria vendeu 201 caminhões e ônibus que usam combustíveis mais limpos. Portanto, queda de 55%. Os números são da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos (Anfavea).
Vale relembrar que, em 2022, a indústria vendeu 1.105 caminhões e ônibus com tecnologias alternativas ao diesel. Seja como for, ainda é um número pequeno frente às vendas de caminhões que utilizam o combustível fóssil. Estes somaram mais de 140 mil unidades no ano passado.
Mas, mesmo com o resultado ruim nos dois primeiros meses de 2023, a Anfavea acredita que a demanda por comerciais a gás e elétricos no Brasil apresenta tendência de crescimento para os próximos meses. Isso porque as transportadoras precisam atender aos anseios de embarcadores que desejam reduzir as emissões de poluentes na logística de entrega de seus produtos. O mesmo ocorre com as empresas de ônibus urbano.
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