Em outubro, a Iveco entregou 216 unidades de ônibus escolar rural para o Programa Caminho da Escola. Neste ano, a montadora já havia entregue 84 unidades para o programa, totalizando 300 ônibus. Esses veículos fazem parte de um lote total de 1.200 unidades que farão o transporte de 50 mil alunos em regiões rurais do Brasil.
O modelo que está sendo comercializado é o chassi 10-190 de 10 toneladas. Ele foi desenvolvido no complexo industrial da Iveco em Sete Lagoas (MG) e tem capacidade para 44 alunos. O chassi é equipado com um dispositivo de poltrona móvel para portadores de deficiência e pessoas com mobilidade reduzida.
O sistema posiciona a poltrona do lado de fora do ônibus, o que permite ao passageiro embarcar e desembarcar sentado no seu assento. Esse desenvolvimento de fábrica não reduz a capacidade de passageiros, como acontece em veículos adaptados que utilizam elevador para cadeiras de rodas.
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O chassi tem um motor NEF 4 ID, da FPT Industrial, com quatro cilindros em linha, sistema SCR, e atende as normas do Proconve-P7. É capaz de gerar potência máxima de 190 cv, a maior da categoria. O torque, chega a 610 Nm, disponíveis na faixa de 1.350 a 2.100 rpm.
A transmissão utilizada é Eaton FS 6206B, manual, de seis marchas, com escalonamento compatível com as operações rurais e urbanas. O sistema permite condução suave, sem deixar de lado a economia de combustível. O acionamento da alavanca a cabo privilegia a ergonomia.
Caminho da Escola puxa a produção
O Programa Caminho da Escola tem puxado a produção e vendas de ônibus no Brasil em 2020. Vice-presidente da Anfavea, Marco Saltini diz que segmentos mais expressivos do setor ainda não se recuperaram. É o caso dos ônibus urbanos e para o transporte rodoviário regular. “Por isso não há boas expectativas para o fechamento do ano”, afirma o executivo. A indústria prevê fechar 2020 com 10 mil unidades produzidas – 52% a menos que em 2019.A Anfavea já havia informado que a queda na produção só não foi mais abrupta por causa do Programa Federal.