As empresas de ônibus urbanos tiveram um prejuízo de R$ 9,5 bilhões em 2020 no Brasil. Sobretudo por causa da redução do número de passageiros, como resultado da quarentena provocada pela pandemia. Os números são da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
De acordo com a NTU, o valor supera em R$ 700 milhões as estimativas iniciais de perdas calculadas do setor. Segundo a associação, o estudo inclui 116 sistemas de transporte operados por empresas associadas. Elas atuam em capitais e regiões metropolitanas de todo o País.
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Logo depois do começo da pandemia do novo coronavírus, a NTU projetou queda de 80% na demanda em 2020. Nesse sentido, a expectativa era manter 100% da frota em operação.
Mas não foi o que aconteceu. Ou seja, no ano de 2020 o setor registrou demanda equivalente a 61% do volume antes da pandemia. Do mesmo modo, houve queda na oferta da frota, para 80%.
Número de viagens por passageiro caíram até 80%
Além disso, o número de viagens feitas por passageiro caiu 80% nas primeiras semanas após o início da pandemia. Contudo, uma recuperação lenta teve início.
Porém, essa volta da demanda não alcançou os números anteriores à crise. De acordo com dados da NTU, em dezembro de 2020 a redução foi de, em média, 39,1%.
De acordo com o presidente-executivo da NTU, Otávio Cunha, a queda da receita superou a redução da oferta. “Os prejuízos continuarão ocorrendo enquanto a tarifa paga pelo passageiro for a única fonte de financiamento do serviço na maior parte das cidades”, diz.
Empresas de ônibus urbanos adotam medidas de proteção
Além disso, a NTU informa que as empresas estão adotando protocolos de segurança para passageiros. Assim como para seus colaboradores.
Nesse sentido, há medidas como higienização e limpeza mais frequente dos veículos. Ao mesmo tempo, estão introduzindo alternativas à utilização de dinheiro físico para o pagamento da tarifa.
Bem como adotaram formas de manter o distanciamento e limitaram a lotação dos veículos para reduzir as aglomerações. Assim também, muitas passaram a medir a temperatura dos passageiros antes do embarque. De maneira idêntica às práticas adotadas em outros países.