A ZF acaba de revelar as novidades que vai apresentar no IAA Transportation. Maior feira de veículos comerciais do mundo, o chamado Salão de Hannover, na Alemanha, ocorre de 17 a 22 de setembro. De acordo com a empresa, o destaque vai ser o Cetrax2. Trata-se da segunda geração do sistema de tração elétrico para veículos comerciais pesados. A produção começa no ano que vem. Segundo a ZF, o conjunto ficou menor, o que permitiu melhorar a relação peso-potência. O Cetrax2 pode equipar veículos com capacidade para 44 toneladas e tem potência de 360 KW, equivalentes a 483 cv.
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Além disso, a marca revelou novidades voltadas à segurança, visando a redução do número de acidentes. O destaque é o ZF Scalar. Ou seja, uma plataforma eletrônica de gerenciamento de frotas de veículos comerciais. Conforme informações da fabricante, ela garante que o planejamento, bem como o roteamento e a expedição, sejam feitos de forma totalmente automatizada. Assim, essa solução é baseada em recursos ligados a Inteligência Artificial (IA).
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Condução autônoma
Outra novidade da ZF é o chassi ADOPT 2.0, sigla de Autonomous Driving Open Platform Technology. Ou seja, Plataforma Aberta de Direção Autônoma. O sistema pode ser usado veículos autônomos que operem em áreas controladas em velocidades de 20 km/h. Além disso, há o ADOPT 3.0. Mais avançado, é voltado a aplicações rodoviárias cuja velocidade máxima seja de 80 km/h.
Segundo a companhia, até 2035 cerca de 30% dos veículos com PBT superior a 6 toneladas terão motores elétricos alimentados por baterias. Além disso, 20% vão ter sistemas de propulsão a célula a hidrogênio. Seja como for, essas soluções devem avançar mais rapidamente nos países da Europa. Bem como os Estados Unidos e a China.
No Brasil, esse também será o caminho. Contudo, aqui a transformação deve ocorrer de forma mais lenta. Conforme a companhia, tudo vai depender da velocidade do avanço da infraestrutura e da legislação. Algumas novidades vão chegar ao mercado brasileiro até 2024. É o caso da nova geração da transmissão Traxon. O sistema visa atender as regras de emissões previstas no Euro 6, que entrará em vigor no País em janeiro de 2022.
Demanda por semicondutores
Primeiramente, será preciso vencer obstáculos pontuais. É o caso, por exemplo, do fornecimento de componentes, sobretudo semicondutores. Segundo o CEO da ZF, Wolf-Henning Scheider, esse gargalo deverá se estender por mais algum tempo. "A demanda por esse tipo de componente vem aumentando. E acredito que continuará crescendo em torno dos 13%. Portanto, há importantes desafios a vencer".