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Volvo vai testar caminhão a célula a hidrogênio

Os caminhões da Volvo a célula a combustível a hidrogênio têm autonomia de até 1.000 km e emitem apenas vapor de água

Redação

23 de jun, 2022 · 5 minutos de leitura.

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venda de caminhão
Volvo FH ficou em segundo lugar no ranking de fevereiro e no topo da lista do bimestre
Crédito:Volvo/Divulgação

A Volvo vai começar a testar caminhões a células a hidrogênio. Ou seja, a tecnologia que permite gerar energia para alimentar motores elétricos. Como vantagens, além de não emitir poluentes durante a operação esses veículos têm autonomia de até 1.000 km.

O único resíduo gerado pelo processo é vapor de água. Esse subproduto é tão limpo que é 100% potável.

Seja como for, a Volvo já oferece caminhões elétricos na Europa e Estados Unidos. Porém, do tipo convencional, a bateria. Segundo a marca, as novas versões devem estar à venda até o fim da década.


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Leia também: Volvo inicia as vendas de caminhões elétricos pesados na Europa

“Estamos desenvolvendo essa tecnologia há anos. E é ótimo ver os primeiros veículos chegando à pista de testes. A combinação de caminhões elétricos a bateria e a célula de combustível permitirá que os clientes eliminem as emissões de CO2” diz o presidente da Volvo Trucks, Roger Alm.


Autonomia de rodoviário

Os caminhões a célula a hidrogênio têm autonomia parecida com a de modelos com motor a diesel. Além disso, o tempo de abastecimento também será equivalente. Ou seja, inferior a 15 minutos.

Ademais, as duas células a combustível dos Volvo geram 300 kW de eletricidade. Os testes com clientes em operações reais ainda não começaram. Porém, o início das vendas deve ocorrer até 2030.

“Caminhões elétricos movidos a hidrogênio são adequados para longas distâncias. Bem como para aplicações pesadas. Ademais, eles podem ser uma boa opção em países com infraestrutura de recarga limitada,” diz Alm.


Eletricidade gerada pela célula a combustível

Células de combustível geram sua própria eletricidade a partir do hidrogênio. Assim não recarregam em fontes externas. O único subproduto emitido é vapor de água.

As células a combustível dos Volvo vão ser feitas pela Cellcentric. A empresa pertence ao Grupo Volvo e à Daimler Truck AG.

A Cellcentric construirá uma das maiores instalações da Europa. Assim poderá produz componentes específicos para veículos pesados.


Volvo apresenta caminhão com células de combustível
Volvo/Divulgação

Desafios

Seja como for, a tecnologia de células a combustível ainda está em fase inicial de desenvolvimento. Portanto, há desafios à frente apesar dos benefícios.

Um deles é o fornecimento de hidrogênio verde em larga escala. Outro diz respeito à infraestrutura de reabastecimento para veículos pesados. Ou seja, ainda tem de ser implantada.


“Esperamos que o fornecimento de hidrogênio verde cresça significativamente nos próximos anos. Mesmo porque muitas indústrias dependerão dele para reduzir o CO2”, diz o presidente da Volvo.

Opção complementar

No entanto, Alm afirma que não dá para esperar mais para reduzir as emissões do setor de transporte. Em outras palavras, ele afirma que as empresas devem ingressar nessa jornada o quanto antes. Para isso, já há caminhões elétricos.

"Assim, em alguns anos os veículos a célula a combustível serão um complemento. Porém, importantes para rotas longas. Bem como para o transporte pesado”, diz Alm.


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