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Venda de pneus de caminhões recua 4,5% em 2022

De acordo com as fabricantes brasileiras, a queda na venda de pneus de caminhões feitos no País está relacionada com a isenção do imposto de importação

Aline Feltrin

01 de set, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Venda de pneus
pneu carga
Crédito:Scania/Divulgação

A venda de pneus novos para caminhões recuou 4,5% no primeiro semestre de 2022. Segundo dados da Associação Nacional das Fabricantes de PNEUS (ANIP), a queda foi puxada pela retração de 6,6% nas entregas para o mercado de reposição. De acordo com o presidente da associação, Klaus Kurt Muller, isso é resultado da medida que isentou o imposto de importação de pneus de veículos de carga. Conforme o executivo, um dos efeitos dessa política tarifária é o risco de demissões nas fábricas brasileiras.

Na análise do mês de julho, também houve queda na venda de pneus de caminhões. Conforme a ANIP, o recuo foi de, em média, 1%. Apesar disso, houve aumento de 4% nas entregas feitas para as montadoras. Da mesma forma, na comparação do mês passado com julho de 2021, a retração foi de 10%. O recuo dos negócios no mercado de reposição, de 16,9%, é apontado como a principal razão dessa queda.

Até maio, a perspectiva da ANIP era de crescimento no volume de negócios. De acordo com a associação, a estimativa apontava para 2,3 milhões de unidades entregues às montadoras. Além disso, no caso do setor de reposição, e expectativa era de que a venda de pneus chegasse a 6,6 milhões de unidades.


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Proconve P8 puxa venda de pneus para caminhões novos

Seja como for, a associação aposta no aumento da venda de pneus para caminhões nos próximos meses. Sobretudo por causa da proximidade da entrada em vigor do Proconve P8. A aposta é de que haja uma corrida para a compra de modelos novos por transportadoras que querem fugir da alta dos preços.

Segundo executivos das montadoras, para atender as novas regras os caminhões estão recebendo uma série de atualizações. Como isso, os preços podem subir até 30%. A próxima fase do programa de redução de emissões, equivalente ao Euro 6, começa a valer em janeiro de 2023. Em entrevista recente publicada no Estradão, o presidente da ANIP disse que a retomada ocorrerá "principalmente pelo aumento nas vendas de pesados."

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