A venda de implementos rodoviários no Brasil foi de 13.911 unidades em julho. Com isso, houve alta de 5,9% na comparação com os 13.911 emplacamentos registrados em junho. De acordo com a Associação Nacional das Fabricantes Implementos Rodoviários (Anfir), trata-se do melhor mês do ano para o setor. Segundo a entidade, em 2022 a venda de implementos rodoviários ficou abaixo das 13 mil unidades apenas em janeiro, fevereiro e abril.
Conforme o presidente da Anfir, José Carlos Spricigo, embora o ritmo de crescimento seja lento, está se consolidando. "Isso aumenta a confiança do empresário do setor”, afirma. No acumulado de 2022, a alta das vendas chega a 48,66%. Ou seja, de janeiro a julho, foram emplacados 91.946 equipamentos, ante os 61.850 registrados no mesmo período do ano passado. Por outro lado, na comparação mês a mês, houve retração de 10,4% ante as 15.537 vendas feitas em julho de 2021.
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Leves garantem bons resultados
A venda de implementos rodoviários leves e carroceria sobre chassis garantiram o bom desempenho do setor. Segundo a Anfir, de janeiro a julho o segmento emplacou 41.428 unidades. Ou seja, 7,2% a mais do que as 38.645 registradas no mesmo período de 2021. A explicação é a alta procura por produtos para caminhões de distribuição urbana. Sobretudo por causa do avanço das vendas do comércio eletrônico.
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Por outro lado, a venda de implementos rodoviários do tipo basculante e carga seca puxaram os números para baixo. Em outras palavras, a queda no acumulado do ano chega a 24%. Segundo dados da Anfir, esse tipo de equipamento somou 7.812 emplacamentos de janeiro a julho de 2022. São 2.477 a menos do que os registrados no mesmo período de 2021.
Além disso, o segmento de reboques e semirreboques pesados continua patinando. No acumulado do ano, foram emplacadas 47.535 unidades. Portanto, houve queda de 10,82% na comparação com as 53.301 vendas feitas nos sete primeiros meses de 2021.
Aposta na recuperação
Seja como for, Spricigo diz que as vendas de pesados devem crescer nos próximos meses. Segundo ele, isso tem a ver com o movimento de antecipação da renovação da frota de caminhões. De acordo com a Anfir, isso está ligado à entrada em vigor do Proconve P8, em janeiro de 2023.
Conforme as montadoras, para atender as novas regras de controle de emissões, equivalentes ao Euro 6, os caminhões podem ficar cerca de 20% mais caros. Assim, a expectativa é de que grandes empresas do setor de transporte antecipem as compras para fugir do preço mais alto. Segundo o presidente da Anfir, isso deve refletir positivamente na venda de implementos rodoviários ao longo do segundo semestre.