A venda de caminhões usados caiu 22,61% no Brasil em abril na comparação com março. Ou seja, no mês passado, 25.211 caminhões usados trocaram de mãos em abril, ante 32.576 em março. Da mesma forma, o número de negócios recuou na comparação com abril de 2022. Porém, a diferença, de 773 unidades, representa retração bem menor, de 2,97%.
Os dados são da Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias do País. Seja como for, no acumulado de janeiro a abril as vendas de 2023 ficaram estáveis. Em outras palavras, nos primeiros quatro meses deste ano foram negociados 105.977 caminhões usados no País. Portanto, houve queda de apenas 0,92% ante as 105.099 vendas feitas no mesmo período de 2022
Leia mais
Venda de caminhões cai 22,31% em abril; veja ranking
Contran libera transformar rodotrem de 9 eixos em super rodotrem de 11 eixos
Caminhão a gás Scania tem financiamento com taxa de 0,99%
Publicidade
Conforme o presidente da Fenabrave, Andreta Jr., a queda na demanda por caminhões usados tem a ver com o menor número de dias úteis em abril. Foram apenas 23. Contudo, ele chama a atenção para um problema recorrente, a restrição ao crédito. E cita a retração nos emplacamentos de caminhões novos. "Isso afeta o mercado (de seminovos), lembrando que, muitas vezes, caminhões usados são dados como parte de pagamento de novos."
Recentemente, em entrevista ao Estradão, o presidente da Fenauto, que reúne os lojistas independentes, Enilson Sales, demonstrou preocupação semelhante. De acordo com Sales, a tendência é de queda na demanda por usados ao longo de 2023. Além da menor oferta de crédito, ele diz que os juros estão muito altos.
Assim como os custos de manutenção e operação dos caminhões, o que afeta principalmente os caminhoneiros autônomos. Sales se refere ao preço do diesel, Assim como pneus e peças de reposição, entre outras variáveis.