A Sprinter nas versões chassi-cabine está sendo reposicionada pela Mercedes-Benz no Brasil. Com isso, essa configuração passa a se chamar Sprinter Truck. O objetivo da marca é destacar as qualidades específicas desse produto. Ou seja, para ampliar suas vendas no segmento.
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Primeiramente, é preciso lembrar que a Sprinter lidera as vendas no segmento de vans de passageiros. Porém, com a pandemia esse segmento evaporou no País.
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Portanto, para não perder participação nas vendas totais, a marca mudou sua estratégia. Nesse sentido, buscou manter o volume de produção estável em 2020.
Em 2020, foco na linha Sprinter para carga
Ao mesmo tempo, focou a fabricação das versões de carga. Ou seja, furgão e chassi-cabine. Com isso, a Mercedes-Benz buscou atender o aumento da procura. Sobretudo gerado pela alta nos negócios ligados ao comércio eletrônico.
Como resultado, a marca obteve 36% de participação de mercado no ano passado. Ou seja, das 27.091 vans emplacadas no Brasil em 2020, 9.742 foram da linha Sprinter.
Porém, muitos consumidores não reconhecem o chassi-cabine da marca como um caminhão leve. Logo, a estratégia de mudar o nome dessas versões visa contribuir para mudar essa percepção.
“Chegamos à conclusão que se posicionássemos a gama como Sprinter Truck o mercado reconheceria o seu valor”, diz o presidente e CEO da Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil, Jefferson Ferrarez (abaixo).
Mudança no mix de vendas
Segundo Ferrarez, 54,6% das Sprinter vendidas até 2020 eram da versão para passageiros. Os furgões representavam 38,9% dos emplacamentos. E o chassi-cabine, apenas 16,3%.
Porém, tudo mudou com a pandemia. Como resultado, em 2021 as versões de carga representaram 61% das vendas da Sprinter. Dessa fatia, 22% são chassi-cabine.
Segundo a Mercedes-Benz, o aumento da demanda por ambulâncias também impactou as vendas. Isso porque esse tipo de veículo usa como base os furgões de carga.
Serviços dedicados
A Mercedes-Benz também readequou os serviços de pós-vendas para a Sprinter. Nesse sentido, vem reforçando a oferta de planos de manutenção. Assim como serviços de conectividade.
Dessa forma, fez uma parceria com a Sascar e lançou em 2020, o Vans Connect. Ou seja, um serviço conectado de gestão e monitoramento de frota.
Além disso, a marca oferece financiamento com condições especiais para a linha Sprinter. Ou seja, a entrada pode ser paga seis meses após a compra. Além disso, as taxas vão de 0,78% a 1,17% ao mês.
Novidades incluem opção para motorhome
No início de março, a Mercedes-Benz lançou a linha 2022 da Sprinter. Assim, as principais novidades são equipamentos e uma versão focada no segmento de motorhomes.
Isso porque a marca detém cerca de 80% das vendas de vans voltadas a esse tipo de transformação. Nesse sentido, há o pacote Hi-Tech, disponível para a versão de chassi-cabine com Peso Bruto Total (PBT) de 4 toneladas.
Dessa forma, inclui sistema multimídia MBUX (foto acima), volante multifuncional e controlador automático de velocidade (piloto automático). Além disso, há dois assentos, como em automóveis.
Aspectos técnicos não mudaram
Do ponto de vista técnico, a Sprinter 2022 não traz mudanças. Ou seja, as versões são 314 Street, com PBT de 3,5 t, 416 CDI, com PBT de 4,1 t, e 516 CD, cujo PBT é de 5 t.
Além disso, a marca oferece boas soluções. Tanto nas versões para passageiros quanto nas de carga. É o caso de assistente ativo de frenagem (ABA), por exemplo.
Bem como do controle eletrônico de estabilidade (ESP). Esse sistema é capaz até de neutralizar o impacto de ventos laterais. Há ainda assistente de partida em rampa e direção com assistência elétrica, entre outros recursos.
Perspectivas para 2021
Embora esse início de ano não tenha sido favorável, a marca aposta em alta nas vendas. Segundo a marca, o lockdown e a antecipação de feriados em alguns Estados contribuíram com a retração.
“O mercado caiu muito em relação ao ano passado. Mas estamos confiantes que os números serão melhores em 2021. Pelo menos uns 20%”, diz Ferrarez.
O otimismo se baseia na comparação do último trimestre de 2020 com o primeiro trimestre de 2021. Segundo a Mercedes-Benz, a recuperação ficará em torno de 5%.
Atualizada às 12h30