A Scania está renovando a sua família de caminhões a gás pesados. A partir de agora, a marca lança no mercado os modelos G 420 cv e G 460 a gás. Ou seja, aumentando as potências dos dois caminhões para 420 cv e 460 cv, respectivamente.
Dessa forma, o caminhão a gás de 410 cv sai de linha. Do mesmo modo, a Scania passa a recomendar para os novos modelos a cabine G. Até então o modelo ofertado era o R 410. Mas toda essa mudança tem uma razão.
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Os novos modelos ganharam a cabine G porque a parte traseira da cabine é mais estreita em relação à R. O que foi possível adicionar mais dois cilindros de gás. No total, a soma dos 10 cilindros garante autonomia de 650 km. Ou seja, 150 km a mais em comparação ao R 410.
Todavia, o diretor de desenvolvimento de negócios da Scania Brasil, Marcelo Gallao, lembra que se o cliente, ou mesmo a operação, demandar uma cabine R combinado aos novos motores, a marca é capaz de fazer. "Possivelmente o caminhão vai perder capacidade de carga ou mesmo autonomia. Mas como fabricantes estudamos cada caso".
Mais capacidade de carga
Ademais, a Scania reduziu a distância entre os eixos dos novos caminhões. Saindo 3.900 mm para 3.600 mm. Como resultado, o veículo na configuração 6x4, por exemplo, pode atrelar implementos de 15,40 m.
Assim, pode acomodar cargas com até 30 pallets, como os caminhões pesados diesel. Um ganho de 4 pallets a mais em comparação ao extinto R 410.
"Essa autonomia vai nos permitir iniciar a atuação no negócio Agro. Na versão 6x2, nas carretas de quatro eixos e bitrem de sete eixos, no transporte de cana, soja, milho e outros. Na versão 6x4, com mais potência e torque, o caminhão poderá tracionar composições de nove eixos para rodotrens", diz Gallao.
Motor a gás ganha caixa do Super
Os novos caminhões podem ser configurados nas trações 4x2, 6x2 e 6x4. O GH 420 cv conta com cabine teto alto Highline. E traz motor de 13 litros com torque de 214 mkgf de1.000 a 1.350 rpm. Além disso, há o GH 460 cv com mesma opção de cabine teto alto, de 13 litros com torque de 234,7 mkgf de 1.000 a 1.300 rpm.
Esse motor a gás é combinado à transmissão G25. Ou seja, a mesma do Scania Super. Ela é 75 kg mais leve do que a caixa anterior GRS905. O que ajudou a reduzir peso e compensar nos cilindros do veículo.
Além da caixa renovada, a linha X-gás ganhou o freio auxiliar Retarder que oferece 480 mkgf de torque máximo de frenagem e potência máxima de 670 cv. Seja como for, essa combinação técnica, motor e caixa, resultou nos caminhões 5% mais econômicos em relação ao R 410 a gás.
Assim, além desses novos modelos, a Scania mantém no portfólio o Scania P 280 a gás. O modelo é destinado a distribuição de última milha, bem como coleta de lixo, por exemplo. Há ainda o P ou G 340, versão articulada para operações rodoviárias de curtas distâncias. Ou operações regionais com carga mais leve.