A produção de caminhões no mês passado seguiu ritmo estável. E apresentou ligeiro crescimento de 1,1%. Assim, saíram das linhas de montagem 14.801 unidades. Enquanto, em junho, a produção foi de 14.639 caminhões. Isso conforme balanço apresentado na sexta-feira (6) pela Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
De acordo com a entidade, foi o melhor julho desde 2013 para a produção de caminhões. Logo, o volume produzido representou alta de 117%. Quando se compara com julho do ano passado. Naquele ano a indústria montou 6.820 unidades.
Seja como for, a alta significativa se deve às consequências da pandemia. Em outras palavras, em julho do ano passado, a indústria voltava a retomar a normalidade após interrupção na produção.
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Indústria sente menos os efeitos da falta de semicondutores
Logo, com a adição do resultado de julho, o acumulado do ano registrou crescimento de 115%. Nos sete primeiros meses do ano, as montadoras produziram 89.523 caminhões. Enquanto no mesmo período no ano passado a indústria produziu 41.558 unidades.
O desempenho apresentado até aqui mostra que as empresas têm conseguido reduzir o impacto da falta de semicondutores. Segundo o vice-presidente da Anfavea para veículos comerciais, Marco Saltini.
“A indústria de veículos pesados também sofre com o desabastecimento. Mas sobretudo devido aos volumes menores. Contudo, o ritmo nas fábricas segue de certa maneira estável. Ademais, o setor tem menos dependência dos semicondutores em relação aos automóveis”.
Produção de chassi espera a volta da influência do Caminho da Escola
O segmento de ônibus custa a retomar. Ao contrário dos caminhões. Portanto, considerado o mais afetado pela pandemia. Nesse sentido, a produção teve queda 5,5%. Logo, foram feitos 1.533 chassis no mês anterior. Enquanto junho apresentou 1.622 unidades. Na comparação com julho de 2020, que produziu 1.601 unidades, a retração foi de 4,2%.
Contudo, no acumulado do ano o resultado apresentou variação positiva. Assim, os 11.867 chassis produzidos de janeiro a julho representaram alta de 12,1% sobre as 10.575 unidades montados no mesmo período do ano passado.
Segundo Saltini, a indústria começa a sentir os efeitos do fim das entregas provenientes ao programa Caminho da Escola. Ou seja, programa que até então contribuía com a produção.
“Novo processo de licitação foi feito. Mas o impacto na indústria só deverá aparecer a partir do último trimestre. Com o início das vendas para estados e prefeituras.”
Vendas têm forte alta
As vendas de caminhões cresceram 47,66% em 2021. No acumulado de janeiro a julho, foram emplacadas 69.535 unidades, ante as 47.090 vendidas em igual período de 2020. Isso de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Segundo a Fenabrave, as vendas de caminhões também cresceram em julho. No mês passado, foram emplacadas 11.488 unidades. Logo, a alta foi de 20,85% ante o mesmo mês de 2020. Naquela ocasião, foram vendidas 9.506 unidades
Seja como for, na comparação de mês a mês o crescimento foi tímido. Dessa forma, em relação a junho de 2021 o crescimento foi de 3,48%. Ou seja, no mês anterior foram emplacados 11.102 caminhões no Brasil.