A oferta de frete rodoviário no Brasil cresceu 67,50% no primeiro semestre de 2021. Ou seja, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo levantamento da FreteBras, site que divulga fretes oferecidos por transportadoras e embarcadores.
Segundo a empresa, os dados foram apurados com base na análise de 3,44 milhões de operações de frete disponíveis de janeiro a junho de 2021. Em outras palavras, isso representa R$ 28 bilhões em possíveis operações de frete.
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De acordo com a FreteBras, São Paulo concentrou o maior volume de ofertas de frete no período. Ou seja, o Estado teve 21,5% de participação do total. Ao passo que Minas Gerais aparece em segundo lugar, com 15,7%, e o Paraná vem em terceiro, com 13,2%.
Oferta de frete cresceu 170% no Tocantins
Seja como for, outros Estados registraram grande alta na oferta de frete. Por exemplo, o crescimento de 170% no número de fretes originados no Estado. De acordo com a FreteBras, isso é resultado do aumento da área plantada em 6% para atender sobretudo plantio de soja e arroz.
Do mesmo modo, no Piauí a oferta de frete cresceu 145%. Segundo a empresa, a produção de grãos no Estado cresceu 10,4%.No Estado o crescimento se deve ao aumento da safra do milho em mais de 200%.
Por sua vez, em Sergipe o destaque foi a inauguração da fábrica da Unigel, que produz fertilizantes nitrogenados. A companhia tem capacidade produtiva para atender toda a América do Sul. Dessa forma, de acordo com a FreteBras, isso alta de 132% na oferta de frete na plataforma eletrônica.
Além disso, a alta se mantém no segundo trimestre. Ou seja, de abril a junho a oferta de frete no Espírito Santo cresceu 171%. Segundo a FreteBras, isso é resultado da alta de 44% na produção de papel e celulose. Bem como de 39% na extração de minerais não metálicos, como o granito.
No Sul, destaque é Santa Catarina
No mesmo sentido. Santa Catarina apresentou aumento na produção industrial de 26%. Logo, o número de fretes oferecidos na plataforma cresceu 160% em comparação com o mesmo período de 2020.
Segundo o diretor de operações da FreteBras, Bruno Hacad, a alta na atividade econômica está ligada ao avanço da vacinação. "Considerando apenas o segundo trimestre, tivemos um volume de frete 83% maior que no mesmo período de 2020. Ou seja, no início da pandemia.”.
Além disso, o levantamento indica que a alta do preço do diesel S500 foi bem maior que o do frete. Assim, ao comparar os valores médios do primeiro semestre de 2020 com o mesmo período e 2021, o combustível ficou, em média, 22,52% mais caro.
Diesel subiu bem mais que o frete
Porém, o preço médio do frete de produtos industrializados cresceu 1,2%. Bem como o do agronegócio subiu 2,09%. Da mesma forma, o frete de insumos para a construção aumentou 3,1%. Seja como for, nos três casos os reajustes ficaram muito abaixo do aumento dos custos.
Além disso, o agronegócio foi o setor que puxou a oferta de fretes na FreteBras no período. Assim, representou 37% das cargas registradas na plataforma. Em outras palavras, foram oferecidos fretes no valor total de R$ 10,8 bilhões.
Nesse sentido, os Estados mais representativos para o segmento foram Rio Grande do Sul (15%), Paraná (15%) e São Paulo (14%). Da mesma forma, os produtos com maior oferta de frete toram os fertilizantes (29%). Segundo a Conab, o Brasil bateu o recorde de importação do produto desde 2011.