O volume de frete oferecido na FreteBras cresceu 53% em 2021. Ou seja, o número é resultado da comparação com a oferta registrada nos três primeiros meses de 2020. Em valores absolutos, as ofertas neste ano chegaram a 1,6 milhão. Segundo informações da empresa.
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De acordo com a Fretebras, o avanço reflete o aquecimento de alguns setores da economia. Entre os exemplos estão o agronegócio e a construção civil. As altas foram de, respectivamente, 59,8% e 60%.
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No agronegócio, destaque os fertilizantes. De janeiro a março, por exemplo, houve 66.517 ofertas desse tipo de frete. No mesmo período de 2020, foram 26.517. Ou seja, houve alta de 50,8%.
Pandemia afeta oferta de frete
Ao mesmo tempo, na construção civil os principais produtos transportados foram cimento, telhas e pisos. Assim, as altas foram de 55%, 71% e 62%, respectivamente.
Segundo o diretor de Operações da FreteBras, Bruno Hacad, é preciso comemorar. "O setor de transporte de carga apresentou força para crescer mesmo diante de tantos desafios", diz ele.
De acordo com Hacad, vários fatores afetaram o setor no primeiro trimestre. Ele cita a alta no número de contaminações pela covid-19 e as fortes chuvas. Assim, houve atraso no início da colheita de grãos.
Nordeste lidera crescimento
Seja como for, a FreteBras detalhou a alta da oferta de frete por região. Como resultado, o Nordeste aparece no topo do ranking, com alta de 95%. Depois vêm Norte (76%), Centro-Oeste (64%), Sul (47%) e Sudeste (44%).
Além disso, há números por Estado. O Tocantins, no Centro-Oeste, registrou alta de 186%. Por outro lado, Santa Catarina, no Sul, viu o volume de frete crescer 74%. No mesmo sentido, no Rio de Janeiro, no Sudeste, a alta foi de 51%.
Norte tem o frete mais alto
Segundo a FreteBras, o valor médio pago por quilômetro e eixo nas operações foi de R$ 0,99. Assim, o preço do frete na plataforma teve variação de 1,99% ante o registrado no mesmo período de 2020..
O Nordeste teve o maior aumento (4,57%). No Norte, o preço do frete aumentou 2,43%. Sudeste e Centro-oeste tiveram variação abaixo de 2%. No Sul, houve alta de 1%.
Por região, o Norte apresentou o preço mais alto: R$ 1,09, em média. Por outro lado, os menores valores foram pagos no Sudeste e Sul. No frete contratado nessas regiões, os valores foram de, respectivamente, R$ 0,98 e R$ 0,99.
Em volume absoluto, Sul e Sudeste responderam pelos maiores volumes de frete. Ou seja, tiveram 30% e 40% do total de cargas transportadas, respectivamente.
No mesmo sentido, São Paulo foi o Estado com maior número de ofertas. Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina completam a lista dos quatro primeiros.