A MWM está ajudando alguns clientes a entrar na jornada da descarbonização. Nesse sentido, vale mencionar que a MWM está posicionada como uma das maiores fabricantes de motores no uso fora de estrada. Como grupos geradores de eletricidade a partir da combustão, seja diesel, biometano ou biogás.
Dessa forma, a empresa está entregando soluções aos clientes do agronegócio com o gás. Já que a solução para a descarbonização é a mais viável do ponto de vista econômico.
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Diretor de pesquisa da Tupy (dona da MWM), André Ferrarese, diz que clientes, donos de veículos comerciais como caminhões, ônibus e máquinas agrícolas questionam o custo de adotar medidas de descarbonização. Do mesmo modo, a durabilidade da tecnologia. Sobretudo quando se compara ao diesel.
"Nesse sentido, procuramos desenvolver soluções viáveis. Que tragam impactos positivos do ponto de vista ambiental e econômico. Mas que permita a aplicação em larga escala", explica Ferrarese.
Descarbonização viável com o uso do biometano
Dessa forma, o grupo Tupy, com a MWM, traz a solução dos motores a gás. Mas com o uso mais focado de biometano. A solução já está sendo utilizada em caminhões que rodam nas atividades do agronegócio. Assim como em operações de coleta de resíduos.
A solução é simples, os motores diesel dos caminhões ou ônibus, independentemente da marca, são trocados pelo MWM a gás. Também, capaz de rodar com biometano.
Entretanto, não se trata de um retrofit. Conforme o executivo, além do motor, todos os componentes do caminhão são trocados e não adaptados. Garantido a vida útil e qualidade igual ao do veículo original.
"Nós levamos o caminhão diesel para a fábrica. Retiramos o motor original e colocamos o motor a gás MWM com potência e torque equivalentes. Garantimos que ela tenha toda a conexão com o sistema do caminhão. E também equipamos os tanques e toda a parte de gerenciamento de combustível. Além disso, fazemos toda a homologação junto ao Inmetro. Do mesmo modo, atualizamos o documento do veículo junto ao Detran", explica.
Tecnologia atrai montadoras
Não por acaso, a MWM está em conversa com montadoras que estão interessadas na solução. Porém, o diretor revela que as conversas ainda estão sendo iniciadas. Portanto, não pode revelar o nome das marcas.
Entrar com motores a gás nessas operações foi estratégico para a empresa. Sobretudo, quando se fala em economia. Afinal, as atividades agrícolas, assim como da coleta de lixo, oferecem matéria-prima em abundância para a produção do combustível.
Nesse sentido, Ferrarese diz que nessas aplicações o uso do biometano chega a reduzir o custo total de operação (TCO) em cerca de 60%. Se for gás natural a queda é de 15%. Isso comparando a operação caminhão com motor diesel.
Do mesmo modo, do ponto de vista ambiental, quando se trata de gás natural, a redução do índice de emissões de particulados é na ordem de 25%. No uso de biometano, a redução é de 95%. Referente ao nível de ruído do veículo a redução é de 20%.
Gás: um combustível competitivo para a realidade do Brasil
Ferrarese ainda explica que do ponto de vista de operação em plena carga (torque e potência do caminhão) o diesel é ainda um combustível competitivo. Todavia, o gás, em termos de torque e potência, também entrega a mesma competitividade.
Em relação a autonomia, o gás ainda sofre pênalti frente ao diesel. Já que sua autonomia pode variar de 600 km a 800 km, dependendo da quantidade de cilindros. O diesel, por sua, a autonomia sobe para mais de 1 mil km.