O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE, na sigla em inglês) vai estimular a eletrificação do transporte no País. Em especial, os caminhões elétricos de uso rodoviário. O governo norte-americano vai investir US$ 127 milhões, ou seja, cerca de R$ 704 milhões na conversão direta. Esses valores fazem parte do programa "SuperTruck 3".
A proposta é ajudar a acelerar projetos de cinco fabricantes, pelos próximos cinco anos. Essas montadoras terão a missão de desenvolver veículos com zero emissão de poluentes. Mas com atuação no transporte de longo alcance. Esse será o desafio, já que envolve a eletrificação e autonomia dos caminhões médios a pesados que circulam pelo país.
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SuperTruck visa a melhoria do transporte rodoviário
O programa Supertruck foi lançado em 2009 com o objetivo de melhorar a eficiência do transporte de carga. Na época, a proposta era aprimorar os caminhões pesados em até 50%. E, então, surgiram as tecnologias que estão presentes nos caminhões atuais. Do mesmo modo, o SuperTruck 2 buscou dobrar a eficiência de combustível para modelos com até 18 eixos.
Isso significa redução de tara, pneus mais eficientes, entre outros ajustes. No entanto, esses projetos ainda estão em andamento. Eles receberam um aporte de US$ 137 milhões, valor equivalente à R$ 759,43 milhões. Mas, ao contrário do projeto anterior, o SuperTruck 3 se concentrará 100% na eletrificação. E inclui veículos médios e pesados.
Objetivos dos fabricantes
A Paccar, empresa controladora da Kenworth e da Peterbilt, quer desenvolver 18 veículos elétricos a bateria e a célula de combustível. Todos de Classe 8 (caminhões pesados rodoviários). Mas as fabricantes prometem que suas baterias serão avançadas frente às atuais. Além disso, as marcas querem produzir uma estação de carregamento de megawatt. Dessa forma, contará com um aporte de US$ 32,97 milhões (R$ 182 mi).
Por sua vez, a General Motors desenvolverá quatro caminhões a células de combustível de hidrogênio. E outros quatro a baterias. Ambas as tecnologias serão destinadas aos caminhões de Classe 4 e 6. Portanto, equivalente aos caminhões médios e semipesados.
A GM pretende colocar os veículos em testes pelas estradas dos EUA. Do mesmo modo, o projeto também se concentrará no desenvolvimento de hidrogênio limpo via eletrólise e energia limpa para carregamento rápido. Dessa forma, a fabricante contará com uma verba no valor de US$ 26,06 milhões, cerca de R$ R$ 144 milhões.
Daimler e Ford querem caminhões robustos
A Daimler Trucks North America pretende desenvolver dois caminhões pesados a célula de combustível de hidrogênio. Mas com o diferencial do alcance de 600 milhas. Ou seja, capaz de rodar cerca de 965 km. Outro destaque é que o modelo terá capacidade de carga útil semelhante ao caminhão movido a diesel. Para isso, a Daimler receberá do governo norte-americano o valor de US$ 25,79 milhões (R$ 142 milhões).
Da mesma forma, a Ford planeja desenvolver cinco caminhões elétricos Classe 6 movidos a célula de combustível de hidrogênio. Também visando a maior capacidade de carga útil. Mas com redução de custo e curto tempo de reabastecimento. Assim, a fabricante vai receber US$ 24,95 milhões. Ou seja, algo como R$ 138 milhões.
Por fim, a Volvo Group North America quer desenvolver um cavalo-mecânico elétrico a bateria Classe 8 com alcance de 400 milhas ou 644 km. A marca promete uma aerodinâmica avançada, frenagem elétrica, pneus otimizados para a maior eficiência. Além de automação e conectividade com a entrega de planejamento de rota. Uma estação de carregamento de megawatt será desenvolvida. Para o projeto da Volvo, o governo desembolsará US$ 18,07 milhões, algo como R$ 100 milhões.