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Maioria dos caminhoneiros autônomos apoia paralisação

Levantamento feito de forma online pela Fretebras com caminhoneiros cadastrados na plataforma aponta que 63% são a favor dos protestos

Redação

10 de set, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Enquete aponta adesão de 63% dos caminhoneiros às paralisações
Enquete aponta adesão de 63% dos caminhoneiros às paralisações
Crédito:Divulgação
Enquete aponta adesão de 63% dos caminhoneiros às paralisações

Os caminhoneiros autônomos apoiam em peso as paralisações feitas em todo o País. Pelo menos é o  que indica um levantamento online feito pela Fretebras nesta quinta-feira, 9. Segundo a  plataforma online de frete, 63% dos motoristas cadastrados são a favor dos protestos. Não se trata de um estudo com base científica. Porém, dá uma boa ideia sobre o pensamento dos motoristas.

Assim, dos que apoiam as manifestações, 56% responderam que não iriam participar. De acordo com a Fretebras, apesar disso essa parcela entende que essa ação defende interesses da categoria. No total, 1.600 caminhoneiros autônomos de todas as regiões do País participaram do estudo.

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Segundo a empresa, o Sudeste concentra 50% dos que responderam à enquete. Bem como 26% são motoristas do Sul e 17% do Nordeste. Em seguida aparecem as regiões Centro-Oeste, com 6%, e Norte, com 1% de participação.

Caminhoneiros concordam, mas não vão aderir

Seja como for, a maioria dos caminhoneiros afirmou que, embora apoie os protestos, não iria participar. Nesse sentido, o Rio Grande do Norte lidera a lista por Estado, com 71% dos entrevistados. Depois vêm Goiás (69%), Rio de Janeiro (68%) e Mato Grosso do Sul (63%).

Em contrapartida, as maiores adesões ao movimento foram registadas entre os caminhoneiros do Nordeste. Nesse sentido, na Bahia 44% disseram que não iriam participar. Em seguida aparece o Ceará, com 43%.


Os protestos dos caminhoneiros incluíram bloqueios de estradas em vários Estados. E começaram durante as manifestações do 7 de Setembro convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro. A pauta dos manifestantes é a defesa do governo federal. Bem como contra o Supremo Tribunal Federal (STF), em especial o ministro Alexandre de Moraes.

Caminhoneiros começam a deixar Brasília

A saída de caminhoneiros da Esplanada dos Ministérios já começou. Isso foi logo após o presidente recuar das ameaças feitas ao STF. Ele chamou Moraes de “canalha” em discurso na Avenida Paulista, em São Paulo. Bem como prometeu desobedecer decisões do magistrado.

Porém, em nota divulgada nesta quinta-feira, o presidente disse que as declarações foram feitas no “calor do momento”. Segundo ele, não houve “nenhuma intenção e agredir quaisquer dos Poderes”. Além disso, Bolsonaro chegou a elogiar Moraes.

Além disso, na noite de quarta-feira, 8, Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, enviaram mensagens pedindo aos caminhoneiros para interromperem as paralisações. O presidente trata os caminhoneiros como "aliados" e apela para que os manifestantes desobstruam as vias porque "atrapalha nossa economia".

Com reportagem de Lauriberto Pompeu

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