A maioria dos cargos de liderança executiva nas transportadoras de carga do Estado de São Paulo é ocupada por homens. Eles detêm 73% desses postos. E também são maioria (62%) nos cargos de média liderança, que incluem funções como coordenação e gerência. O dado é do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC),
O estudo do IPTC foi encomendado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de São Paulo, Setcesp. A levantamento foi feito por meio de questionários enviados às empresas entre os dias 21 e 31 de agosto.
O atual cenário é resultado da análise de 657 respostas válidas. O objetivo do estudo é entender o perfil da direção das empresas e avaliar a participação das mulheres nas tomadas de decisão. Além disso, o levantamento permite identificar os objetivos e desafios enfrentados pelas profissionais do setor.
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Nas empresas que responderam os questionários, 66% dos colaboradores são do sexo masculino. E, mesmo ainda estando distantes dos cargos de liderança, 91% das trabalhadoras disseram que desejam alcançar uma posição melhor do que a que ocupam atualmente. As solteiras e as que vivem em união estável são as que têm maiores expectativas em relação ao crescimento profissional.
A perspectiva de desenvolvimento na carreira diminui conforme a faixa etária avança. As mulheres pretas e pardas são as que têm as menores perspectivas com relação à conquista de cargos mais altos. O mesmo sentimento é compartilhado pelas mulheres que têm filhos.
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Mulheres se sentem preparadas para liderança
O estudo mostrou também que 79% das profissionais se sentem preparadas para conquistar uma melhor posição dentro dessas empresas. Contudo, o grau de confiança aumenta em mulheres com faixa etária entre 35 e 44 anos e, também, entre aquelas que têm mais de 10 anos de experiência. E as mulheres que trabalham nas micro e médias transportadoras são as que se sentem mais seguras para assumir posições superiores.
Em relação a oportunidades, 79% acreditam que o setor de transporte rodoviário de cargas pode abrir oportunidades para posições superiores às atuais. Enquanto isso, 61% vê que as chances são iguais. Tanto para homens quanto para mulheres. Já 65% acredita que as remunerações são as mesmas para ambos os sexos exercendo as mesmas funções.