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GWM vai testar caminhões a hidrogênio no Brasil a partir do uso de etanol

A GWM começa a importar ainda neste ano caminhões com tecnologia de célula de combustível a hidrogênio para testes no Brasil

Andrea Ramos

01 de ago, 2023 · 7 minutos de leitura.

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GWM vai testar caminhões a célula de hidrogênio no Brasil
GWM
Crédito:GWM/Divulgação
GWM vai testar caminhões a célula de hidrogênio no Brasil

A Great Wall Motors (GWM) vai trazer caminhões a hidrogênio para testes no Brasil. A informação foi confirmada ao Estradão pelo CCO da empresa, Oswaldo Ramos. No entanto, num primeiro momento não há intenção de vender esse tipo de caminhão no País. Atualmente, a GWM oferece automóveis elétricos e híbridos. Assim, a ideia é, segundo Ramos, "estar na vanguarda do desenvolvimento da tecnologia no País".

Seja como for, de acordo com Ramos, a holding da qual a GWM faz parte tem subsidiárias para o fornecimento de baterias e célula a hidrogênio. Entre as empresas, estão Svolt e FTXT Energy Technology. Ambas fornecem componentes para os veículos da GWM, o que inclui a linha If You de caminhões.

Do mesmo modo, também é fornecedora para as demais marcas de caminhões asiáticas. Nesse sentido, vale ressaltar que a montadora é uma das cinco empresas mais adiantadas no desenvolvimento da tecnologia a célula de combustível no mundo, segundo Ramos.


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GWM vai testar caminhões a célula de hidrogênio no Brasil
A FTXT Energy Technology é uma holding do Grupo GWM que fornece a tecnologia dos caminhões a hidrogênio (GWM/Divulgação)

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Hidrogênio a partir do etanol

Faz todo sentido a GWM integrar o consórcio de empresas que começam a fomentar, junto com o Governo do Estado de São Paulo, a produção do hidrogênio à base de etanol. Esse programa ainda visa criar uma rota de veículos movidos com o combustível, o que inlcui pontos de abastecimento. Vale destacar que o projeto conta com o apoio da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP).


Contudo, Oswaldo Ramos lembra que esse é apenas um dos vários estudos que estão em produção no País. Por essa razão, a tendência é que a empresa amplie a presença dos seus caminhões em outros projetos de desenvolvimento do hidrogênio.

Contudo, do ponto de vista da tecnologia, o combustível é economicamente viável. Ou seja, o desafio é maior em relação à infraestrutura de recarga. O custo chega em torno de R$ 8 milhões para montar a estrutura de abastecimento público. Por essa razão, conforme o executivo da GWM, a intenção é criar a infraestrutura para o transporte rodoviário de longa distância, e ter como matéria-prima o etanol.

"O investimento na infraestrutura de recarga se paga mais rápido no segmento de transporte. Ainda mais se comparado ao carro de passeio, cujo uso é menor frente ao caminhão. Por essa razão, entendemos que o desenvolvimento da célula de hidrogênio no Brasil deve começar pelo transporte de longa distância".


GWM vai testar caminhões a célula de hidrogênio no Brasil
GWM apresentou a plataforma de célula de hidrogênio para caminhões (GWM/Divulgação)

Modelo de negócio

Seja como for, CCO da GWM deixa claro que ainda não existe nenhum plano de negócio para a introdução da marca de caminhões no País. Por ora, os caminhões chegam para criar o ecossistema da célula de hidrogênio. Afinal, enquanto há vários estudos locais relacionados ao combustível limpo, não há caminhões para a realização dos testes. E desenvolver um veículo no mercado interno elevaria o custo desse desenvolvimento.

Obviamente, a companhia vai estudar a viabilidade do projeto de caminhões no País, a partir desses protótipos. Porém, para um futuro mais distante. Conforme o executivo, se isso ocorrer vai ser por meio de outra divisão. A GWM não tem a intenção de importar caminhões a partir da divisão de automóveis.


Seja como for, Ramos confirma que a linha pesada If You é a que virá para o Brasil. Mas não confirmou se será com esse nome. Os primeiros protótipos começam a desembarcar por aqui ainda neste semestre. Nesse sentido, Ramos diz que, nos vários estudos em andamento no País, há espaço para trazer caminhões médios e pesados a hidrogênio.

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