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Safra recorde faz Grupo Risa comprar 50 caminhões Mercedes-Benz Actros

O agronegócio deve impulsionar fortemente o setor de transporte em 2021 e, para escoar a safra recorde. Para atender a demanda, o Grupo Risa comprou 50 caminhões Mercedes-Benz Actros 2651 6x4.

Aline Feltrin

30 de nov, 2020 · 6 minutos de leitura.

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Safra
Crédito:Divulgação/MB

A colheita da safra recorde de grãos está se aproximando e as transportadoras começam a renovar e ampliar a frota para atender a demanda de frete. É o caso do Grupo Risa, que tem sede no sul do Maranhão e encomendou 50 cavalos-mecânicos Mercedes-Benz Actros 2651 6x4.

O lote de veículos será entregue a partir do deste ano. Os caminhões receberão composições do tipo tritrem desenvolvidas pela Librelato sob medida para a Risa. Em 2018, a Risa havia comprado 122 cavalos-mecânicos do mesmo modelo.

Os novos caminhões serão utilizados para levar a produção até o Porto de Itaqui, em São Luís, capital do Maranhão. Segundo informações da transportadora, em cada uma das viagens os novos veículos percorrerão entre 600 e mil quilômetros.


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Novos caminhões vão puxar rodotrens e tritrens

Após descarregar os grãos, os cavalos-mecânicos farão o percurso reverso, levando fertilizantes para as fazendas próprias e de produtores parceiros. Os caminhões também fazem a logística entre as unidades da empresa e transportam adubo e calcário.

Os Actros também serão utilizados para puxar rodotrens. Os dois tipos de composição têm as mesmas dimensões e capacidades. São 9 metros de comprimento, 9 eixos e 74 toneladas de Peso Bruto Total Combinado (PBTC). A diferença está no número de carretas: duas ou três.

O Grupo Risa opera na região conhecida como Matopiba que abrange os Estados do Maranhão, Tocantins Piauí e Bahia. São seis unidades de negócios. São elas: agricultura, fertilizantes, defensivos, logística, máquinas agrícolas e trading.


Safra recorde puxará operações de transporte em 2021

Conforme o Estradão já havia noticiado, o agronegócio deverá impulsionar fortemente as operações de transporte em 2021. Segundo dados da Repom, a alta deverá ser parecida ou até maior que a deste ano. De janeiro a outubro de 2020, a demanda por transporte cresceu 6,5% na comparação com o mesmo período de 2019. O motivo são as safras recordes.

As previsões da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), para vendas e produção de caminhões estão alinhadas com as da Repom. Presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes confirmou que o agronegócio vai impulsionar o mercado em 2021. “Já há negócios alinhados para a entrega de veículos no primeiro trimestre”, afirma.


O comércio eletrônico também vem acelerando o ritmo de produção de caminhões. Em outubro, foram fabricados 10.902 caminhões no Brasil. Esse número é 15,6% superior às 9.430 unidades feitas em setembro. Na comparação com as 11.286 unidades feitas em outubro de 2019, contudo, houve retração. A queda foi de 3,4%.

Risco de falta de matérias primas preocupa

Moraes diz que as fabricantes de caminhões estão prontas para atender a alta na demanda. Mas o executivo demostrou preocupação como a alta dos preços (e até com a possível falta) de insumos. Se a situação se agravar, poderá afetar a produção. “Estamos nos planejando para evitar paradas nas linhas que possam atrapalhar o planejamento”, diz.

Ele conta que as fabricantes vêm negociando com as siderúrgicas, por exemplo. “A indústria está se recuperando dos impactos da pandemia, mas o risco de falta de insumos preocupa. Já passamos por situações parecidas, mas não como agora”, afirma Moraes.


Segundo o presidente da Anfavea, as associadas estão adotando várias ações para atender a alta na demanda. É o caso da implantação de jornadas adicionais de trabalho.

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