Mercado

Financiamento para caminhões cresce 1,95% no primeiro trimestre

Embora o volume total tenha aumentado, no caso dos usados o financiamento de caminhões recuou e deve ficar abaixo dos números de 2022

Aline Feltrin

19 de abr, 2023 · 5 minutos de leitura.

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financiamento de caminhões
Crédito:Divulgação: Banco Volkswagen

O financiamento para a compra de caminhões somou 57.067 operações no primeiro semestre. Com isso, o número de novos contratos cresceu 1,95% na comparação com o mesmo período de 2022. Em outras palavras, segundo dados da B3, foram mil unidades a mais, em números absolutos.

Embora os dados considerem operações para compra de modelos novos e usados, há diferenças entre os dois segmentos. Ou seja, no caso de modelos de segunda mão, houve recuo. Assim, 29.197 contratos foram feitos de janeiro a março de 2023. Portanto, 321 a menos que em igual período do ano passado.

Portanto, foi o aumento no volume de contratos para compra de novos que garantiu o resultado geral positivo. Conforme a B3, de janeiro a março os brasileiros assinaram 27.870 novas operações de crédito para esse fim. Ou seja, cerca de mil a mais do que no primeiro trimestre de 2022.


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Queda no financiamento de usados

A redução do número de novos financiamentos de usados pode estar ligada à alta nas taxas de juros. Bem como o aperto na oferta de crédito. Segundo especialistas do mercado financeiro.

Segundo o presidente da Fenauto, que reúne lojistas independentes, Enilson Sales, a expectativa é de que o mercado se retraia em 2023. Conforme o especialista, os altos custos de manutenção e operação de caminhões também dificulta o fechamento de novos negócios.

CDC é o preferido

Seja como for, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é a linha de crédito mais procurada. Assim, no primeiro trimestre essa modalidade teve 47.448 operações realizadas, sendo 27.870 para caminhões novos e 29.197 para usados. Como resultado, vem superando até o Finame, cuja procura entrou em declínio a partir de 2015.


Naquela ocasião, o BNDES reajustou a taxa de juros anual de 6% para 9,5% para operações feitas por grandes empresas. Para as pequenas e as médias, o salto foi de 4,5% para 7%. Além disso, o banco limitou a liberação de crédito, que antes era de até 100% do valor do bem.

Ao mesmo tempo, foram extintos os recursos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) incorporados ao Finame. Antes, porém, em 2019, o governo criou o PSI para ajudar a movimentar a economia. Assim, o programa chegou a oferecer 100% de subsídio em 2014, período no qual o Brasil enfrentou forte recessão econômica.

Naquela ocasião, o BNDES reajustou a taxa de juros anual de 6% para 9,5% para operações de financiamento feitas por grandes empresas. Para as pequenas e as médias, o salto foi de 4,5% para 7%. Além disso, o banco limitou a liberação de crédito, que antes era de até 100% do valor do bem.


Ao mesmo tempo, foram extintos os recursos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) incorporados ao Finame. Antes, porém, em 2019, o governo criou o PSI para ajudar a movimentar a economia. Assim, o programa chegou a oferecer 100% de subsídio em 2014, período no qual o Brasil enfrentou forte recessão econômica.

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