O financiamento para compra de caminhões e ônibus recuou 12,6% no Brasil. De acordo com dados da a B3, foram 204.683 contratos de janeiro a setembro de 2022. Ou seja, a retração é na comparação com as 234.096 transações feitas no mesmo período de 2021.
Da mesma forma, na comparação de setembro com agosto, houve queda de 5,9% nas operações de financiamento de veículos pesados. Assim, houve 25.561 vendas financiadas no mês passado. Enquanto em agosto, o total foi de 26.190.
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Seja como for, a queda não está ligada à redução da oferta de produtos, não de crédito. Sobretudo no caso de caminhões novos. Isso porque as fabricantes ainda não conseguiram regularizar a produção. O motivo é a falta de componentes.
Retração no financiamento é maior para o zero-km
Para comparação, as vendas de caminhões e ônibus novos por meio de financiamento somaram 99.496 unidades. No caso dos usados, foram 105.187. Não por acaso, de janeiro a setembro a maior retração ocorreu no segmento de zero-km.
Segundo a B3, na comparação com o mesmo período de 2021, o financiamento de novos caiu 17,8%. Por sua vez, o de usados recuou 7,0%.
Caminhões
Segundo a B3, as vendas de caminhões somam 187.044 unidades nos primeiros nove meses de 2022. Assim, na comparação com igual período de 2021 houve queda. Ou seja, de janeiro a setembro do ano passado, foram financiados 217.371 caminhões. Portanto, a queda foi de 14%.
Do mesmo modo, em setembro foram 23.667 unidades. Por sua vez, em agosto foram 24.225. Ou seja, a retração na comparação mensal foi de 4,7%.
No mercado de vendas a crédito de caminhões zero-km, as vendas somaram 95.746. Logo, 18,5% menor em relação ao acumulado de 2021 que apresentou 117.466 caminhões vendidos.
Do mesmo modo, ocorreu retração de 8,6% no desempenho de caminhões usados nos nove primeiros meses do ano. De janeiro a setembro de 2022 o setor financiou 91.296 caminhões ante as 99.925 registradas no mesmo período em 2021.
Ônibus
No caso das operações de financiamento de ônibus, de janeiro a setembro foram negociadas 17.639 unidades. Por sua vez, em igual período em 2021, foram 16.725 vendas. Portanto, nesse caso houve alta de 5,5% em 2022.
Em contrapartida, no balanço mensal, setembro apresentou vendas de 1.894 unidades. Assim, o recuo foi de 18,8% em relação a agosto. Naquele mês, o setor vendeu 1.965 ônibus.
No mesmo sentido, as vendas financiadas de ônibus zero-km tiveram baixíssimo desempenho ante as de usados. Ou seja, em setembro, 567 ônibus zero-km foram negociados por meio de financiamento. Logo, houve alta de 9,0% em relação a agosto. Naquele mês, 472 ônibus novos foram financiados.
Em contrapartida, os negócios de usados retraíram. Em setembro, apenas 1.327 ônibus de segunda mão foram vendidos por meio de financiamento. Para comparação, em agosto foram 1.493. Nesse caso, a retração foi de 26,8%.
CDC é o preferido
De acordo com os dados da B3, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) continua sendo o mais utilizado para a compra de veículos pesados. Porém, essa modalidade de crédito apresentou queda de 12,9% no número de negócios. Ou seja, em setembro de 2022, 21.812 caminhões e ônibus foram financiados por meio de CDC. No mesmo mês de 2021, foram 23.057.
Do mesmo modo, houve retração nas operações de consórcio. De janeiro a setembro, a queda foi de 4,8% na comparação com o mesmo período em 2021. Ou seja, 24.692 caminhões e ônibus foram vendidos em 2022 por meio dessa modalidade. No mesmo período de 2021, foram 25.946.