A Daimler Truck divulgou o desempenho global da empresa em 2022. Nesse sentido, todas as marcas do grupo venderam 520,3 mil veículos, entre caminhões e ônibus, no mundo. Ou seja, a conta soma os modelos das marcas Mercedes-Benz, Freightliner, Western Star, Fuso, BharatBenz, Setra e Thomas Built. Seja como for, o resultado corresponde a um aumento de 14% em relação a 2021, quando a montadora faturou 455 mil unidades.
Dessa forma, os principais mercados do grupo foram a América do Norte, seguida pela Europa e Ásia, quando o assunto é faturamento. Do mesmo modo, a Daimler Truck viu o seu faturamento crescer 28%. Assim, registrou 50,9 bilhões de euros, ante os 39,8 bilhões obtidos em 2021. O aumento nos preços dos veículos beneficiou o resultado.
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O próprio presidente do conselho de administração da Daimler Truck, Martin Daum, reconheceu que a alta nos preços e taxas, bem como o câmbio vantajoso contribuíram para os resultados positivos. "Estamos satisfeitos, mesmo em meio a um ano desafiador", disse Daum.
Custo de produção é desafio para 2023
De acordo com o executivo da Daimler, o desafio neste ano será tomar medidas contra os altos custos da cadeia de suprimentos. Atualmente, estes componentes são os que mais impactam no custo de produção dos veículos. Sobretudo nesse momento em que a indústria europeia discute as mudanças para o Euro 7, próxima fase das leis de emissões.
Daum deixou claro que a Daimler apoia o plano da União Europeia (UE) de reduzir o volume de CO2. Por isso, o executivo defende investir energia e capital em tecnologias para redução de carbono. Nesse sentido, no que diz respeito aos veículos elétricos, o grupo vendeu um total de 914 caminhões e ônibus elétricos em 2022.
A soma envolve todos os mercados em que a marca atua com a eletromobilidade no mundo. O que incluí, portanto, o Brasil com o ônibus Mercedes-Benz eO500U. O CEO destacou o início da produção em série do Freightliner eCascadia na América do Norte, e do eEconic na Alemanha. Além da apresentação do eActros LongHaul na IAA Transportation.
Seja como for, para 2023, a Daimler Truck espera vender entre 510 e 530 mil veículos comerciais. Assim, prevê uma receita entre 53 bilhões e 55 bilhões de euros.
Traton responde por 300 mil veículos comerciais vendidos
Por sua vez, o Grupo Traton, detentor das marcas MAN, Navistar, Scania e Volkswagen Truck & Bus, aumentou as vendas em quase um terço. Assim, registrou faturamento de 40,3 bilhões de euros no ano passado. Nesse sentido, as vendas globais ultrapassaram a barreira das 305,5 mil unidades pela primeira vez. Um aumento de 12% frente ao ano de 2021, quando entregou 268,8 mil caminhões e ônibus ao redor do mundo.
De acordo com o grupo, do total vendido em 2022, 254,3 mil unidades foram de caminhões. Ou seja, resultado superior a 10% em relação a 2021.
O CEO do Grupo Traton, Christian Levin, diz que o último ano foi marcado por clientes que renovaram suas frotas. Além disso, a integração da norte-americana Navistar também teve um impacto positivo nos resultados. Além disso, as demais marcas foram impactadas com o aumento dos preços dos veículos. Outra boa notícia é que, além das vendas em alta, as empresas do grupo conseguiram alavancar a oferta de serviços.
Com isso, a empresa conseguiu compensar o impacto negativo da paralisação temporária da produção na MAN em Munique. A empresa sofreu significativamente com as dificuldades de entrega, principalmente por causa dos chicotes que eram produzidos na Ucrânia. "O fato de a MAN Truck & Bus ter conseguido um resultado operacional de 139 milhões de euros, apesar da paralisação da produção de seis semanas, é uma conquista notável", resumiu a CFO, Annette Danielski.
No Grupo Traton 2023 já responde bem
Para 2023, Levin diz que a carteira de pedidos está bem preenchida. "A produção para o ano inteiro está quase esgotada em alguns modelos". Por causa disso, o CEO espera que as vendas e o faturamento cresçam até 15%. Mas ainda depende dos gargalos de abastecimento. Bem como das consequências da guerra na Ucrânia.
De todas as marcas, a MAN é a empresa que cresceu abaixo de um dígito. No quarto trimestre, o retorno sobre as vendas foi de apenas 1,8%. Para efeito de comparação, a Scania, no mesmo período, fechou com 10,5% de alta. Assim como a VW Truck & Bus.
Caminhão elétrico a caminho
No campo da eletrificação, uma grande fábrica de baterias está sendo construída em Nuremberg. E a projeção é produzir 100 mil baterias por ano, com início da operação previsto para 2025. Mas, para o ano que vem, a MAN dará início a fabricação do seu caminhão elétrico pesado. Segundo a montadora, o modelo movido a bateria terá autonomia de até 800 km.
Dessa forma, o aumento da produção de caminhões elétricos nas empresas do grupo caminha na mesma direção do aumento da infraestrutura de carregamento. A joint venture formada por Traton, Volvo Group e Daimler Truck colocará em operação os primeiros pontos de carregamento em breve. A meta é de 1.700 estações de carga rápida nos principais eixos da Europa em cinco anos.
Segundo Traton, há um grande interesse na mobilidade elétrica. No ano passado, a empresa vendeu 1.740 veículos elétricos em todo o mundo. Atualmente, há 2.366 novos pedidos.
Assim como a MAN, a Scania também avança na expansão dos veículos elétricos. Porém, antes que o caminhão elétrico domine os eventos da Traton, a empresa quer marcar pontos com os clientes donos de modelos com motor a combustão com a recém desenvolvida plataforma do motor de 13 litros que estreou no Scania Super. E que deve ser usada passo a passo em todo o mundo e pelas demais marcas do grupo.
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