A Ipiranga abriu inscrições para um curso de capacitação de caminhoneiras. O programa começa na segunda quinzena de outubro. Será em Marinque, no interior de São Paulo, com duração de 156 horas. Conforme a empresa, há 16 vagas. As alunas terão direito a hospedagem e alimentação, bem como bolsa-auxílio. O curso é grátis e podem se inscrever candidatas com 21 anos ou mais. Além disso, devem ter CNH nas categorias D ou E.
LEIA MAIS
Caminhoneiras: CNTA avalia as condições de trabalho de motoristas mulheres
Programa Caminho da Escola tem licitação suspensa pelo governo
Tatra Brasil passa a cuidar da América Latina e faz entregas ao exército
Publicidade
Seja como for, é desejável que as candidatas tenham um ano de experiência em transporte. Para se cadastrar, basta acessar esse link. As inscrições podem ser feitas até 28 de setembro. A seleção será feita por meio de entrevista online.
Porém, o processo também inclui avaliação psicológica e de direção - nesse caso, presencialmente. Segundo informações da empresa, há a possibilidade de contratação após o curso. Assim, as transportadoras que prestam serviço à Ipiranga podem ter vagas para as participantes do treinamento.
Segundo a Ipiranga, a inciativa ocorre após o sucesso do Operação Mulher. Trata-se de um programa que forma mulheres para entrarem nas áreas operacionais de óleo e gás. Agora, a empresa quer ampliar para suas operações de transporte.
O curso terá apoio pedagógico da Fabet. Aliás, a instituição criou, há dois anos, esse programa de capacitação. O objetivo é capacitar e proporcionar mais segurança às mulheres que querem trabalhar como motoristas.
Faltam motoristas homens
Desde que foi criado o curso, 249 mulheres foram capacitadas para a função de caminhoneira. Segundo a Fabet, mais de 70% conseguiram emprego. A promessa é que as mulheres que passam pelo curso fiquem preparadas para dirigir diversos tipos de caminhões. Desde os pequenos até as carretas articuladas.
Seja como for, o programa de capacitação também pode ser uma auxilio para resolver a falta de motoristas homens. Aliás, a baixa atratividade da profissão de caminhoneiro preocupa os gestores de empresas de transporte.
De acordo com dados do Denatran, desde 2015 o número de habilitados cai em de 5,9% ao ano. Sobretudo homens. Antes, o Brasil registrava alta de 1,4% a cada 12 meses. Assim, transportadoras e operadores logísticos passaram a mirar as caminhoneiras. Contudo, o número de mulheres habilitadas e preparadas para guiar caminhões e ônibus ainda é limitado.