Gestão

Cinco dicas para reduzir os custos do caminhão e torná-lo mais lucrativo

Os custos com o caminhão estão altos, mas o cuidado com a manutenção e dirigibilidade ajudam a reduzir gastos e aumentar o lucro. Entenda

Aline Feltrin

07 de mai, 2022 · 9 minutos de leitura.

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custos do caminhão
Crédito:Divulgação

Os custos do caminhão aumentam cada vez mais. Há a inflação de insumos, como pneus e diesel, que achatam as margens de lucro do pequeno transportador. E um frete que não acompanha a alta dos preços. Nesse sentido, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), essas empresas representam 92% dos transportadores no Brasil.

Além disso, apesar de ser maioria, o pequeno transportador têm poucos caminhões. Mas, de acordo com o gerente de Operações Florestais da LOTS Group, Guilherme Gândara, é um público relevante para o transporte rodoviário de carga "É por isso que precisam de acesso e informações sobre tecnologias para economizar e ganhar eficiência", explica Gândara.

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O Grupo LOTS, que oferece soluções de transporte e é braço logístico da Scania, ajudou o Estradão a desenhar caminhos que uma pequena transportadora ou um caminhoneiro autônomo podem percorrer para reduzir gastos e elevar a margem de lucro. São cinco dicas que abordam desde a importância de uma boa dirigibilidade até a necessidade de cuidar bem dos pneus para aumentar a vida útil desse insumo. Confira:

1. Aproveite a tecnologia do caminhão

Os caminhões mais novos têm controles e sistemas modernos. Contudo, muitos transportadores ainda não conhecem tudo o que o veículo pode oferecer. Muitos modelos, por exemplo, têm recursos da telemetria que trazem uma série de informações, inclusive, o desempenho da dirigibilidade.


Ou seja, com essa ferramenta é possível analisar como o motorista está dirigindo o caminhão. Se tem boa performance ou precisa melhorar. "No caso dos caminhões Scania, o sistema permite um retorno técnico, com pontuação. E isso faz com que o motorista se sinta engajado para buscar uma melhoria contínua, que reflete na economia de diesel e redução de custo", explica.

De acordo com Gândara, para os caminhões de marcas que não fornecem esse recurso de conectividade, o ideal é buscar dicas na concessionária para desvendar todos os recursos que o veículo pode oferecer e como fazer bom uso deles. "Geralmente, as concessionárias têm à disposição um master drive que ajuda nessa missão de mostrar tudo o que o caminhão tem para oferecer para ajudar a dirigir com mais economia", pontua.

Um bom exemplo de recurso que ajuda nessa missão é o freio auxiliar. Conhecido como "retarder", ele permite que o motorista reduza a velocidade de forma antecipada sem ter de usar o freio de serviço ou o da carreta. "É uma maneira eficiente de poupar o sistema e economizar na manutenção", explica.


2. Faça manutenção preventiva

Para que remediar se é possível prevenir? Nesse sentido, a manutenção preventiva é essencial. Ou seja, essa prática é importante para saber se todos os sistemas do caminhão estão funcionando de maneira correta. Em um teste de estresse, por exemplo, é possível identificar se há algum problema no sistema de aspiração de ar.

"Inclusive, se há alguma falha nesse sistema, isso impacta na economia, com 40% a mais de consumo de diesel", diz. De acordo com Gândara, isso não é possível perceber quando não há a manutenção preventiva. Seja como for, a manutenção preventiva contempla um pacote de inspeções de componentes que permitem verificar o que precisa ser substituído antes que haja uma sobrecarga para o custo da operação.

3. Monitore dirigibilidade

Que tal investir em câmeras de monitoramento dentro da cabine? Segundo Guilherme Gândara, é um investimento que se paga com o tempo. Isso porque essa tecnologia permite monitorar se o motorista está dirigindo da maneira certa. "O benefício é o aumento da segurança e controle de custo", diz. Além de ajudar na redução de custo, as câmeras de monitoramento identificam se o condutor está com fadiga. E isso é importante para evitar acidentes de trânsito. "Não podemos esquecer que essas ocorrências eleva os custos", diz.


4. Controle a jornada

Você sabia que, após de 12 horas de direção, a atenção cai para menos da metade? Quando há essa estouro de jornada, o risco de acidentes aumenta e há mais gastos com o caminhão. "Por isso, é muito relevante controle de jornada adequada, tanto para autônomo quanto para o pequeno transportador, bem como para os frotistas. Isso porque o motorista dirige com menos economia e fica mais suscetível a acidentes”, explica Gândara. Vale relembrar que também é importante não aderir a paradas indevidas e fazer breves pausas durante o trajeto.

5. Cuide bem dos pneus

Os pneus compõem um dos itens mais caros para a manutenção do caminhão. Por isso, é importante ter o controle do tempo ideal para calibração e para a troca. "É necessário também medir o sulco de forma frequente para ter o histórico", comenta Gândara.

De acordo com o gerente de Operações da LOTS, além de aumentar a vida desse insumo, esse cuidado também permite que o pneu seja recapeado. "Ele pode passar por recapagem depois da sua primeira utilização, mas para que isso ocorra a carcaça precisa estar boa. Ou seja, a empresa recapadora vai fazer uma análise se é possível fazer o processo", conta.


A vantagem de recapear os pneus é a economia no preço de aquisição. Desta forma, para "reformar", o transportador desembolsa em média R$ 600. Enquanto isso, para comprar um pneu novo, o preço é bem maior: aproximadamente R$ 2.000. Contudo, para conseguir recapear, vai depender de como você cuidou do pneu, como foi a história dele. "Se o transportador rodar sem a calibração adequada, por exemplo, fica difícil recuperar porque há grandes chances de perder a carcaça. O resultado é um custo maior", conclui Guilherme Gândara.

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