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Caminhão pesado movido a amônia roda em testes nos EUA

Segundo a Amogy, empresa criada em 2020, novo produto custa menos que o hidrogênio e, num caminhão Freightliner, garantiu autonomia de 800 km

Redação

20 de abr, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Caminhão Freightliner Cascadia roda nos Estados Unidos movido à amônia
Caminhão Freightliner Cascadia roda nos Estados Unidos movido à amônia
Crédito:Amogy/Divulgação
Caminhão Freightliner Cascadia roda nos Estados Unidos movido à amônia

Um caminhão pesado movido por energia gerada a partir de amônia está em testes nos Estados Unidos. Por mais estranho que possa parecer, a amônia pode ser o combustível do futuro. Pelo menos, essa é a aposta da norte-americana Amogy, empresa pioneira nesse tipo de sistema. Assim, a companhia informa que a amônia é uma boa alternativa ao hidrogênio, que atualmente é o produto mais utilizado em células a combustível.

Para isso, a companhia apresentou um caminhão Freightliner Cascadia. Segundo a empresa, o pesado tem energia gerada por célula de combustível gerada a partir de amônia. Dessa forma, a intenção é oferece um sistema mais simples para reduzir as emissões de poluentes por caminhões.

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Afinal, os combustíveis fósseis são apontados como um dos principais responsáveis pela geração de gases do efeito estufa. Portanto, a busca por alternativas limpas tornou-se fundamental.

Caminhão Freightliner Cascadia roda nos Estados Unidos movido à amônia
Sistema foi instalado em um Cascadia, que é um dos modelos mais vendidos nos EUA

Vale lembrar, que a amônia é um composto químico formado por nitrogênio e hidrogênio. Portanto, segundo a Amogy, é uma substância abundante e relativamente fácil de ser produzida. Seja como for, é um produto bastante utilizado por indústrias química e na agricultura.


Caminhão Freightliner virou laboratório

àO Freightliner Cascadia é um dos caminhões mais vendidos dos EUA. Agora, passou a ser o primeiro caminhão mundo movido a eletricidade gerada por amônia. por essa alternativa. Segundo a Amogy, a densidade energética do produto é até cinco vezes maior que a de baterias.

Além disso, o reabastecimento leva apenas oito minutos para ser feito. Segundo informações da Amogy, o caminhão tem motor com potência de 410 cv e rodou várias horas sem precisar de reabastecimento. No total, a energia geada foi de 900 kWh. Como resultado, a autonomia do caminhão fico em torno dos dos 800 km.

Ou seja, uma das vantagens é que o produto pode armazenado e transportada à temperaturas e pressão bem menores que o hidrogênio. Portanto, isso facilita a operação, assim como reduz seus custos.


Os testes com o caminhão carregado já começaram e em breve a empresa vai divulgar os resultados

Conforme o CEO da empresa, Seonghoon Woo, o processo de produção de amônia é relativamente simples. Dessa forma, não requer grandes investimentos em infraestrutura e tecnologia. "Com isso, vai sr possível baratear o custo quando comparado ao do hidrogênio”, afirma.

De acordo com a Amogy, no fim de abril serão feitos novos testes em operações reais. Dessa forma, o time da empresa quer mostrar o desempenho do caminhão em várias condições. Para isso, em todas o Cascadia vai rodar carregado.


No currículo da Amogy

Seja como for, o Cascadia já é o terceiro projeto da Amogy. A empresa, fundada em 2020 por jovens estudantes, conseguiu implementar sua tecnologia baseada em amônia em apenas 18 meses. Nesse interim, desenvolveu um drone com 7 cv de potência. Assim como um trator da John Deere, cuja potência chega a 136 cv. Além disso, há um trator ainda maior, com 408 cv.

Após a conclusão dos próximos testes, a Amogy deve buscar parcerias no setor de transportes. Conforme a empresa, isso vai ser feito em nível global. Seus projetos incluem um rebocador com potência de 1 MW com energia gerada por amônia. O lançamento pode ocorrer ainda em 2023.

Além desses, há outros projetos que incluem até navios e iates. Com vários eventos de demonstração bem-sucedidos nos EUA e na Europa, a Amogy informa que vai continuar apostando nessa solução. Dessa forma, tem a meta de ajudar a reduzir as emissões de CO2 em cerca de 5 toneladas até 2040.


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