Mercado

Caminhão elétrico VW e-Delivery feito no Brasil será exportado

Caminhão elétrico VW e-Delivery desenvolvido e produzido no Brasil vai ser vendido em países da América Latina, no México e na África do Sul

Andrea Ramos

17 de dez, 2021 · 7 minutos de leitura.

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VWCO anuncia investimentos R$ 2 bi
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Crédito:VWCO/Divulgação
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O caminhão elétrico VW e-Delivery, que já está à venda no Brasil, será vendido em outros mercados. Assim, em breve começam os testes em outros países da América do Sul. Bem como no México e na África do Sul. Segundo o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), Roberto Cortes, que revelou os detalhes durante o evento de fim de ano da empresa.

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De acordo com o executivo, Argentina e Uruguai serão os primeiros a receber o caminhão elétrico VW e-Delivery. Depois, será a vez do México. Além disso, a VWCO quer oferecer a versão com motor a combustão nas Filipinas. Para isso, a fábrica de Resende (RJ) enviará unidades em CKD que vão ser montadas pela empresa filipina MACC.


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Segundo a VWCO, a oferta de modelos no mercado filipino vai ser ampla. Isso inclui caminhões das linhas Delivery e Constellation. Bem como ônibus customizados para atender operações locais. Inicialmente, a empresa enviará 40 unidades, que já estão vendidas. Cortes confirmou os investimentos de R$ 2 bilhões da empresa no Brasil até 2025.

Expansão da eletrificação

Os recursos vão ser destinados ao desenvolvimento tecnológico. Conforme a empresa, isso inclui novos produtos para atender as regras mais rígidas de emissões de poluentes. Ou seja, o Proconve P8, que, entra em vigor em 2023 no caso de veículos pesados. Além disso, a VWCO vai ampliar a oferta de modelos eletrificados.

Isso é resultado da boa aceitação do caminhão elétrico VW e-Delivery. Segundo Cortes, a empresa vai encerrar este ano com 200 unidades entregues. Primeiramente, a fabricante atenderá os embarcadores. Por exemplo, a Ambev, que confirmou a intenção de comprar 1.600 unidades do caminhão. Desse total, 100 já estão sendo entregues. Empresas como Femsa e JBS também compraram o modelo.


Porém, a produção do caminhão elétrico VW e-Delivery está limitada. Conforme Cortes, ainda estão faltando componentes. Sobretudo importados. “Queremos ter 100% de fornecedores locais. Assim não ficaremos dependentes de variação cambial e de prazos longos de entrega. A bateria, que é importada, representa metade dos custos do e-Delivery."

Ampliação da oferta do caminhão elétrico VW

De acordo com o executivo, o objetivo é produzir as baterias localmente. Assim, vai ser possível reduzir os custos”, afirma. Recentemente, a VWCO iniciou pesquisas para desenvolver baterias de nióbio de recarga rápida. Segundo Cortes, em 2022 de 600 a mil unidades do caminhão elétrico VW e-Delivery vão ser entregues.


Outra novidade é o Delivery Express com motor que atende as regras do Proconve L7 (equivalente ao Euro 6). As vendas desse caminhão começam em janeiro de 2022. Segundo Cortes, o modelo trará o FC1, fornecido pela FPT industrial. É a primeira vez que o veículo terá o mesmo propulsor utilizado pela linha Iveco Daily.

Nesse sentido, vale lembrar que o Delivery Express se enquadra na categoria de comerciais leves. Ou seja, para qual as novas regras de emissões passam a valer em 1º de janeiro de 2022. Por isso o modelo da rival também traz atualizações.


Projeções para 2022

Conforme a VWCO, foram contratados mil colaboradores desde 2020. Em outras palavras, a alta foi de 25%. Conforme Cortes, em 2021 a fábrica de Resende não parou nenhum dia. "Porém, tivemos muitas dificuldades na produção. Mas buscamos recuperar as perdas.”

De acordo com o executivo, 2022 será desafiador. Porém, ele aposta no crescimento. Sobretudo por causa da retomada da economia e do avanço da vacinação contra a covid-19. Ele citou  a força de setores como agronegócio, construção civil e mineração. No entanto, o executivo não citou números de previsão de alta nas vendas.

Além disso, Cortes aposta na ampliação das exportações. Deve colaborar com isso a desvalorização do real em relação ao dólar. Além disso, ele acredita que haverá mudanças na forma como as vendas são feitas. Segundo ele, a locação e o leasing vão ser importantes para garantir a renovação de frota.


Seja como for, o presidente da VWCO lembra que os juros altos e a inflação, que reduzem o consumo, vão impactar o setor de forma negativa. Além disso, a falta de semicondutores deve continuar ao longo de 2022. “Por isso, fica difícil cravar números. Mas acredito que os sinais que indicam crescimento são muito fortes.”

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