Os acidentes de trânsito que envolvem caminhões no Brasil ocorrem mais durante o dia e representam 58,4% de todos os casos. Essa é uma das conclusões do relatório do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC). Conforme o estudo, o período noturno, que é considerado mais perigoso, representa 31% das ocorrências.
O estudo também mostra que as sextas-feiras e sábados são os dias da semana que mais ocorrem os acidentes. Esses dias representam 16,5% e 14,6% respectivamente. Outra conclusão do relatório é que 37% dos veículos envolvidos em acidentes são caminhões-tratores. Além disso, a maioria das ocorrências estão nas rodovias BR-116 e BR-101. Por fim, a faixa etária de motoristas que mais se envolvem em acidentes está entre 36 e 50 anos.
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Conforme o IPTC, entre as principais causas estão as reações tardias ou ineficientes dos motoristas. Assim, isso leva a falhas mecânicas e a perda do controle do veículo. Na visão da coordenadora de projetos do IPTC, Raquel Serini, o Brasil poderia evitar muitos acidentes com investimentos robustos em infraestrutura. Bem como em fiscalização rigorosa e em conscientização contínua dos motoristas e transportadoras.
Sono e fadiga são fatores de risco para acidentes
Seja como for, o fator humano é a principal causa de acidentes com mortes na estrada. Inclusive, é mais relevante do que as condições da via e eventuais defeitos mecânicos. Esta é a conclusão da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nesse sentido, a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) aponta que 42% dos acidentes estão relacionados ao sono. E 18% ocorrem por fadiga.
Por isso, a Abramet alerta também para a falta de descanso adequado, o que é comum. Sobretudo entre caminhoneiros autônomos. E isso também aumenta muito o risco de acidentes para motoristas de caminhão. O levantamento mais recente da PRF mostra que, em 2021, das 5.391 vidas perdidas em acidentes de trânsito nas rodovias, 854 vítimas eram ocupantes de caminhões. Ou seja, 15,9% do total de mortes.