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Fábricas de caminhões da Scania e da Volkswagen voltam a operar

As fábricas de caminhões da Scania, em São Paulo, e da Volkswagen, no Rio de Janeiro, tiveram as linhas de produção reativadas nesta segunda-feira, 27. As plantas da Mercedes-Benz e da Volvo devem ser reativadas no dia 4 de maio

Tião Oliveira

27 de abr, 2020 · 6 minutos de leitura.

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Fábricas de caminhões da Scania e da Volkswagen voltarão a operar no dia 27
Crédito:Traton/Divulgação
Fábricas de caminhões da Scania e da Volkswagen voltarão a operar no dia 27

As fábricas de caminhões da Scania, em São Paulo, e da Volkswagen, no Rio de Janeiro, tiveram as linhas de produção reativadas nesta segunda-feira, 27. No Brasil, as plantas das duas empresas são as primeiras do setor a retomar as atividades. A paralisação fazia parte de um esforço para evitar a disseminação do novo coronavírus.

As empresas deram férias coletivas aos funcionários no fim de março. A fábrica de caminhões da Scania fica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A da Volkswagen fica no sudoesta fluminense.

No dia 17 de abril o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP) estendeu a quarentena em todos os 645 municípios do Estado até o dia 10 de maio. A medida mantém o fechamento de comércio e serviços não essenciais para reforçar o isolamento social.


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Vice-presidente de Recursos Humanos da Scania, Danilo Rocha diz que a empresa está dedicada “a encontrar uma solução equilibrada que seja boa para nossos colaboradores e para a sustentabilidade financeira da empresa”. A planta da de Tucuman, na Argentina, que faz peças de transmissão para o Brasil e a Europa também voltou a operar hoje.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) informou que a retomada será gradual. “A prioridade sempre será a saúde de nossos colaboradores", informou o presidente e CEO da companhia Roberto Cortes, por meio de nota. Segundo o executivo, dessa forma também será possível avaliar as condições da cadeia logística e de distribuição.

Em votação conduzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, os funcionários da VWCO e das empresas do Consórcio Modular aprovaram a suspensão do contrato de trabalho de parte do pessoal de produção. A medida inclui a redução da jornada para equipes administrativas em 25%. E faz parte do plano de retomada gradual da operação.


Mais segurança nas fábricas de caminhões

As empresas fazem parte do grupo Traton, dono das marcas MAN, Scania e Volkswagen Caminhões e Ônibus, adotarão medidas especiais de proteção aos funcionários. O objetivo é reduzir o risco de contaminação.

Os ônibus fretados que transportam os colaboradores serão higienizados com frequência. E o número de usuários por veículo será reduzido. Além disso, as empresas fornecerão máscaras descartáveis e adotará padrões mais rigorosos de higiene em todas as áreas das fábricas.

Os processos de produção também estão sendo modificados. Os tempos de ciclo de montagem serão estendidos, para ampliar o espaço entre os operários. Nas áreas em não há possibilidade de manter a distância mínima de 1,5 metro, os funcionários terão de usar equipamento de proteção, que será fornecido pela empresa.


Mercedes e Volvo retornam dia 4 de maio

As fábricas de caminhões da Mercedes-Benz e da Volvo retomarão as atividades na próxima segunda-feira, 4 de maio. Em nota, a Mercedes-Benz informou que as operações da planta de São Bernardo do Campo (SP) serão retomadas gradualmente.

Uma negociação intermediada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vai alterar a rotina dos 8 mil colaboradores da empresa. Ficou acordada a redução da jornada de trabalho em 25%, de 4 de maio a 31 de julho, para todos os funcionários das áreas administrativas. Os colaboradores que podem exercer atividades à distância ficarão em home office.


Haverá suspensão temporária de contratos de trabalho de cerca de 50% dos funcionários da produção. A medida valerá de 4 de maio a 30 de junho. Para a outra metade dos operários a suspensão dos contratos será de 1° de julho a 31 de agosto. O acordo garante estabilidade para todos os funcionários até o fim do ano.

A Volvo não deu detalhes sobre o retorno das operações da fábrica de Curitiba. Na planta trabalham 3,7 mil pessoas. Até a publicação desta reportagem a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba ainda estavam negociando.

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