O roubo de carga é uma das principais dores de cabeça de transportadores e caminhoneiros no Brasil. conforme a Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em 2022 foram registradas 13.089 ocorrências. Embora o número represente queda 9,1% na comparação com o dados de 2023, os valores impressionam. Ou seja, o prejuízo é estimado em R$ 1,2 bilhão.
Segundo o levantamento, o Sudeste é a região do Brasil com mais ocorrências de roubo de carga. Em outras palavras, representa 85,18% dos casos. Os Estados com os maiores números de registros foram São Paulo, com 45,23%, e Rio de Janeiro, com 31,32%. Depois, por região, vêm o Sul, com 6,12%, seguido pelo Nordeste, com 4,66% e Centro-Oeste com 2,81%. Por fim, o Norte responde por 1,23% dos casos.
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Portanto, em valores o Sudeste também é campeão. No total, o roubo de carga na região deu um prejuízo de R$ 966,59 milhões. Ou seja, 81,3% do valor total registrado no País.
Conforme o levantamento, as cargas mais visadas são alimentos, combustíveis, produtos farmacêuticos, autopeças, materiais têxteis e de confecção. Bem como cigarros, eletroeletrônicos, bebidas e defensivos agrícolas, por exemplo.
Como reduzir o risco de roubo de carga
Conforme o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, o setor acompanha de perto a situação do roubo de carga há mais de 25 anos. Segundo ele, ações de combate ao crime têm ajudado a diminuir o número de ocorrências. De acordo com ele, nos últimos seis anos, houve redução gradual. Ou seja, foram 25.950 registros em 2017, ou 12.861 a mais do que em 2022. Porém, a situação ainda é preocupante.
Seja como for, uma das ferramentas para ajudar a minimizar o risco são os rastreadores. Esses sistemas permitem acompanhar em tempo real a localização do veículo, bem como a situação da carga. Assim, em caso de ocorrência, o gestor consegue identificar rapidamente o problema e pode tomar decisões de forma mais rápida. O Estradão listou cinco dicas de especialistas para ajudar o transportador e o caminhoneiro a evitarem o roubo de carga.
Tecnologia é aliada
Assim, um das soluções mais eficientes são os sistemas eletrônicos de segurança. Com os rastreadores, a transportadora pode acompanhar o caminhão à distância. Além disso, dá para programar rotas, assim como locais e horários de parada. Portanto, se o veículo sair do trajeto programado sem aviso prévio, é possível bloquear o motor. Além disso, com esses equipamentos o seguro é, em geral, mais barato.
Diversificação de rotas
Em geral, os ladrões atacam de surpresa. Porém, há relatos de grupos que ficam observando caminhões que transportam cargas valiosas. Por isso, sempre que possível, faça rotas diferentes para o mesmo destino. Além disso, vale alternar os locais e horários de parada para reabastecimento e descanso.
Nunca fale com estranhos
O conselho que as mães dão aos filhos pequenos cai como uma luva para o caminhoneiro. Portanto, especialistas em segurança lembram que o motorista nunca deve revelar detalhes da viagem. Sobretudo para desconhecidos. Esse cuidado é ainda mais relevante para quem transporta produtos caros e visados, como eletrônicos, bebidas e alimentos, por exemplo.
Só pare em locais seguros
Antes de sair, é importante planejar onde serão feitas as parada. Assim, dá para utilizar apenas pontos de apoio que sejam seguros. Aliás, essa é uma prática comum das grandes transportadoras. Uma boa dica é utilizar aplicativos que trazem avaliações de postos e restaurantes, por exemplo. Bem como perguntar a outros motoristas sobre os melhores locais para parar.
Jamais dê carona
A vida na estrada costuma ser solitária. Com isso, muitos motoristas acabam dando carona durante a viagem. Mas a boa fé pode se transformar em armadilha. A dica é nunca fazer isso, sobretudo no caso de desconhecidos. Além do risco de ser vítima de roubo de carga, o motorista também é responsável caso o carona tenha algo ilegal, como drogas, armas e itens roubados, por exemplo.