A Volvo Trucks começou a testar, na Europa, caminhões com célula a combustível em condições reais. Esse é a principal aposta das montadoras para reduzir as emissões de veículos rodoviários de carga que rodam longas distâncias. A iniciativa faz parte do avanço para a descarbonização do setor de transporte. E teve início com a oferta de modelos com motores elétricos alimentados por baterias.
Vale lembrar que, desde 2020, a Volvo já vendeu 4.300 caminhões elétricos no mundo todo. Conforme a marca, esses veículos rodam em 38 países. Apenas em 2022, foram emplacados 1.041 caminhões elétricos a bateria na Europa. Portanto, a marca conquistou a liderança do segmento, com 32% de participação.
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Atualmente, a Volvo oferece seis modelos do tipo. Além disso, vende versões movidas a gás na Europa e em outros mercados. No Brasil, a marca começou a testar recentemente o FM elétrico. Trata-se do cavalo-mecânico apresentado ao público durante a Fenatran, em 2022.
Volvo a célula a combustível é elétrico
Atualmente, os Volvo com célula a combustível utilizam hidrogênio para gerar eletricidade. Portanto, têm motores 100% elétricos. Porém, diferentemente dos caminhões a bateria, eles não precisam ser recarregados em tomadas. Assim, a energia é gerada no próprio veículo.
Conforme a marca, os testes com os caminhões ocorrem no norte da Suécia. Assim, rodam em rotas acima do círculo polar ártico, Ou seja, sob frio intenso. Desse modo, a Volvo pretende avaliar o comportamento do sistema em condições climáticas severas.
Conforme a vice-presidente de gestão de powertrain da Volvo Trucks, Helena Alsiö, os caminhões rodam sete dias por semana. "As condições adversas nas vias públicas no norte da Suécia, com gelo, vento e muita neve, proporcionam um ambiente ideal para os testes,” diz ela.
Vendas começam ainda nesta década
De acordo com a executiva afirma, tudo ocorre conforme o planejado. Ou seja, na prática os caminhões está replicando os resultados dos testes feitos em ambiente virtual. Bem como no campo de provas da Volvo. Uma das variantes dos testes é a avaliação de opções de reabastecimento.
Afinal, mesmo em países desenvolvidos a rede de abastecimento é limitada. Seja como for, para viagens longas, os caminhões a célula a combustível fazem mais sentido do que os a bateria. Isso porque estes têm autonomia limitada. Conforme a Volvo, a meta é iniciar a venda dos modelos com a nova tecnologia ainda na segunda metade desta década.
E, para acelerar o desenvolvimento do sistema, a Volvo se uniu ao Grupo Daimler. As duas empresas já pesquisam e produzem sistemas de células a combustível sob medida e em conjunto.
Seja como for, no caso dos caminhões Volvo há duas células a combustível. Conforme a marca, eles têm capacidade de gerar 300 kW de energia elétrica. O hidrogênio verde é, ao menos em tese, um recurso infinito. Para isso, é produzido a partir de fontes de energia renováveis, como vento, água e sol.
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