O eixo elétrico está autorizado para uso em semirreboques de veículos de carga no Brasil. Nesta terça-feira (17), a aprovação foi feita pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Dessa forma, haverá melhora na eficiência dos caminhões. Isso porque o sistema ajuda a reduzir o consumo de diesel, bem como as emissões de poluentes.
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Além disso, haverá aumento do nível de segurança. Afinal, o eixo elétrico funciona como um sistema auxiliar de tração. Porém, o dispositivo não substitui o sistema de tração principal. Ou seja, não há alterações no conjunto convencional de motor e câmbio.
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Da mesma forma, o eixo elétrico gera energia elétrica em frenagens e descidas. Isso porque o sistema funciona como um dínamo. Como resultado, a carreta passa também a ajudar o conjunto a, por exemplo, ter mais força para subir trechos íngremes.
Eixos elétricos já rodam no País
Seja como for, a liberação ocorre uma semana depois de a Randon entregar dois semirreboques elétricos da linha Hybrid R. Os equipamentos vão fazer testes de uso real. Segundo a fabricante, as vendas começam ainda em 2022. A carreta Hybrid R é equipada com o eixo elétrico e-Sys e foi desenvolvido pela Suspensys e pela CTR. Ou seja, divisões do Randon.
Assim, dependendo da aplicação, há grande redução do consumo de diesel. Segundo a Randon, chega a 20%. Evidentemente, isso depende de variáveis como condição de recarregamento das baterias, tipo de pavimento e peso transportado.
Transportadores e embarcadores testam o eixo elétrico e-Sys
Uma das companhias que recebeu o eixo elétrico da Randon é Tombini. A transportadora presta serviços para a BRF. Assim, o sistema foi instalado em um implemento frigorífico. Segundo a empresa, o conjunto vai trafegar nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Da mesma forma, a G10 Transportes, que reúne cinco transportadoras, recebeu um semirreboque graneleiro com eixo elétrico. De acordo com a G10, o equipamento vai rodar no Estado do Paraná.
Conforme a Randon, os motoristas que vão trabalhar com os caminhões atrelados a esses semirreboques receberam treinamento específico. O curso foi ministrado no CTR.
Seja como for, nesta etapa de utilização, os times de engenharia e pesquisa monitoram o comportamento dos semirreboques. De acordo com a empresa, esses implementos vão rodar por um período de 30 dias.