No início da década de 1930, a Texaco contratou dois designers industriais. Assim, Norman Bel Geddes e Walter Dorwin Teague tinham a missão de mostrar que a empresa era moderna. Assim, a ideia era se destacar entre as rivais do setor de petróleo. O resultado é a famosa estrela vermelha com um "T" no centro. Depois, a dupla criou um caminhão bastante futurista.
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Nesse interim, Geddes e Teague também desenharam os uniformes dos frentistas. Bem como criaram o conceito dos postos de abastecimento da empresa. Na época, as empresas do setor mantinham frotas próprias para o transporte de combustíveis. Além de gasolina, os caminhões carregavam carvão e óleo. Ou seja, itens muito utilizados pela população em sistemas de aquecimento para residências.
Por isso, esses veículos em geral eram velhos e estavam sempre sujos. Ou seja, tinham imagem bem diferente da que a Texaco queria transmitir. Seja como for, alguns Estados americanos, como o Texas e o Alabama, começaram a encorajar a população a utilizar gasolina para aquecer suas casas.
Texaco Doodlebug ganhou as ruas em 1933
Então, o setor previu que a demanda pelo transporte desse combustível iria crescer. De olho no novo mercado, a empresa encomendou aos desenhistas o projeto de um caminhão tanque futurista. Assim, a a dupla criou o Diamond T Doodlebug, um caminhão cujo desenho se diferenciava totalmente dos padrões da época.
À primeira vista, o modelo chamava a atenção pelo formato arredondado. Sobretudo em uma época em que os caminhões disponíveis no mercado tinham desenho bastante parecido entre si. Nesse sentido, o cofre do motor era avançado em todos. Bem como tinham para-lamas destacados, com faróis instalados na parte superior.
Segundo a Texaco, em abril de 1933 foi aprovada a patente do modelo. Em seguida, as primeiras unidades começaram a circular pelas estradas norte-americanas. Assim, transportavam gasolina para toda a rede de postos da companhia. Em primeiro lugar, o Diamond T Tanker Doodlebug atraia os olhares por causa da pintura vermelha.
Caminhão com estilo de ônibus
Além disso, o modelo tinha para-lamas integrados à carroceria. No mesmo sentido, não havia capô nem estribos. Por sua vez, o para-brisa e as janelas laterais eram curvos. E não havia uma separação clara entre a cabine, que tinha 1,80 metro de altura, e a carroceria. Logo, o desenho antecipava a forma dos ônibus da década seguinte.
Porém, o motorista não era uma preocupação para os projetistas. Assim, o posto de condução, logo à frente do eixo dianteiro, não era confortável. Da mesma forma, a reduzida altura interna e a suspensão muito rígida agravavam a situação. Como se isso não bastasse, o som do motor era projetado na cabine para que o motorista soubesse o momento ideal de trocar de marcha.
O Hercules de seis cilindros em linha ficava na traseira, em posição longitudinal. Assim como a transmissão manual de quatro velocidades. O chassi era fornecido pela Diamond T, empresa de Chicago, no Estado de Illinois. Por sua vez, a carroceria era feita pela Heil, no Alabama. Não há informações sobre o total de unidades produzidas. Alguns historiadores dizem que foram apenas seis.