A alta de 10% para 12% da mistura de biodiesel ao diesel pode prejudicar os veículos. De acordo com entidades de classe e montadoras. Assim, cerca de 200 associações assinaram um manifesto contra o B12.
Por exemplo, a Confederação Nacional do Transporte (CNT). a NTC&Logística, a Fenabrave e a Fecombustíveis. Assim como a Anfavea.
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Segundo o manifesto, são vários os problemas. Além disso, não houve tempo suficiente para fazer testes.
Manutenção de 10% do Biodiesel ao diesel
Nesse sentido, o grupo defende que os testes sejam avaliados de forma conjunta. Isso porque cada fabricante é responsável por uma parte das análises.
Portanto, o grupo pede que a mistura seja mantida em 10%. Pelo menos até que haja mais informações. Assim, será possível avaliar a segurança da mudança.
Segundo o grupo, só assim dará para garantir a segurança dos veículos. Seja como for, as entidades reforçam o apoio ao Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel.
Lei autoriza até 15% de biodiesel ao diesel
A mudança já estava prevista. A Lei nº 13.263/2016 autorizou o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) adicionar até 15% de biodiesel ao diesel vendido no País.
Porém, a mudança está condicionada aos testes e ensaios. Ou seja, com o objetivo de validar as mudanças.
Contudo, os testes não confirmaram a viabilidade técnica. Os relatórios das montadoras evidencia preocupações em relação às mudanças.
Pronconve P8
Ademais, foram feitos poucos ensaios. Por exemplo, não há testes com termelétricas. Bem como com motores que atendem as regras do Proconve P8/L7.
Inicialmente, a previsão é que esses motores sejam obrigatórios no Brasil em 2022. Porém, isso não basta para reduzir as emissões.
Ou seja, é preciso que o combustível tenha novas especificações. Nesse sentido, elas devem ser mais rigorosas que as atuais.
Segundo especialistas, ainda há vários problemas. Assim, muito biodiesel contribui para o congelamento do combustível. Sobretudo no frio intenso.
Alta nos custos operacionais
Além disso, altas taxas de biodiesel provocam a formação de borras no motor. Bem como entupimento de filtros. Assim como deterioração precoce de peças metálicas.
Assim, também pode haver problemas em geradores a diesel. Ou seja, há risco de falhas no fornecimento de eletricidade.
Nesse sentido, os custos também crescem. Assim, esse preço acaba sendo repassado ao consumidor. Portanto, há risco até de impacto na inflação.
Testes em condições reais
Segundo o grupo, cada ponto porcentual de alta na mistura gera um produto totalmente novo. Portanto, a realização de testes é fundamental.
Assim como ensaios que validem sua utilização. Logo, isso deve ser feito em todos os tipos de aplicação. Bem como em condições reais de uso.
O grupo lembra da importância dos motores a diesel para a economia. Sobretudo para o o transporte de cargas e passageiros. Bem como na agricultura.
Políticas públicas
Além disso, são fundamentais para a geração de energia e indústria. Desta forma, o grupo avalia que custos adicionais "são prejudiciais ao País”.
Dessa forma, as entidades reafirmam sua disposição em colaborar. Portanto, querem ajudar a definir políticas públicas ligadas ao tema.
Segundo o manifesto, é preciso ampliar o uso biocombustíveis. A ideia é promover melhorias na oferta, preço e qualidade.