O tráfego de veículos pesados, principalmente caminhões, nas rodovias pedagiadas aumentou 1,8% em agosto ante julho. O número faz parte do Índice da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), que mede o movimento nas rodovias do Brasil. Na comparação com o mesmo mês de 2019, o fluxo ficou estável. No acumulado do ano, contudo, houve queda de 4%. O indicador é apurado mensalmente por meio de uma parceria da ABCR com a Tendências Consultoria Integrada.
“O fluxo de caminhões está semelhante ao de 2019. Apesar da crise, houve a continuidade da demanda por bens essenciais", diz Andressa Guerrero, analista da Tendências Consultoria. Segundo ela, a manutenção do pagamento do auxílio emergencial pelo governo representou um impulso adicional à economia.
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Movimento de caminhões cresce mais no Rio de Janeiro
Na análise por Estado, o Rio de Janeiro apresentou a maior alta no fluxo de caminhões em rodovias em agosto. Segundo a ABCR, ante julho, houve avanço de 4,3% no movimento de caminhões nas estradas fluminenses. Na comparação com o mesmo mês de 2019, contudo, houve retração de 5,7%. No acumulado dos oito meses de 2020, o movimento caiu 10,8% em relação a igual período de 2019.
Em São Paulo, o tráfego de caminhões nas rodovias pedagiadas cresceu 1,5% em agosto na comparação com julho. Na comparação com o mesmo mês de 2019, o movimento ficou estável. E, no acumulado de janeiro a agosto, a queda foi de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
No Paraná, o movimento em agosto ficou estável em relação a julho. Já na comparação com agosto de 2019, houve alta de 1,7%. O tráfego de caminhões nas estradas do Paraná também aumentou nos oito primeiros meses do ano. A alta em relação ao acumulado de 2019 foi de 2,3%.
Tráfego de veículos leves aumenta no mês
O fluxo de veículos leves aumentou 18,5% em agosto na comparação com julho, segundo a ABCR. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 14,3%. Na comparação dos oito primeiros meses de 2020 ante igual período de 2019, o volume de tráfego recuou 22,3%.
A melhora também está relacionada a questões ligadas à confiança do consumidor. Andressa afirma que o aumento da movimentação de veículos leves nas rodovias pedagiadas tem a ver com uma melhora da percepção da população em relação ao ambiente pandêmico.