As vendas de implementos rodoviários caíram 8,3% nos sete meses de 2020. De janeiro a julho, foram vendidos 62 mil reboques, semirreboques e carrocerias sobre chassi no Brasil. No mesmo período de 2019, os emplacamentos somaram 67 mil unidades.
O resultado, embora sendo negativo, mostra sinais de recuperação. A expectativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) é de que, a partir de agora, as vendas comecem a crescer gradativamente. No primeiro semestre deste ano o segmento registrou retração de 13% ante igual período de 2019.
Presidente da Anfir, Norberto Fabris diz que o mercado está reagindo lentamente. Os números do acumulado de janeiro a julho comprovam essa tendência. “Se a curva positiva seguir sem interrupções podemos esperar que a perda no ano será inferior a 10%.”
Um dos motivos para o otimismo está relacionado às boas vendas de caminhões no mesmo período. O desempenho do setor de implementos costuma refletir o de caminhões. Ontem, o Estradão noticiou o aumento de 8,7% nas vendas de caminhões novos de janeiro a julho 2020. Os números são da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Implementos que se destacaram em vendas
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Segundo Fabris, as vendas de alguns tipos de implementos voltaram a ser positivas. Dos reboques e semirreboques, os emplacamentos dos modelos basculantes cresceram 6,7% no acumulado do ano. De janeiro a julho, foram vendidas 7.837 unidades. São 493 a mais que o registrado no mesmo período do ano passado.
No caso do canavieiro, a alta foi 0,98,%. As 1.130 vendas representam 11 a mais que no acumulado de 2019. Outro que se destacou foi o carrega tudo, com alta de 5,49% nos licenciamentos. De janeiro a julho, foram vendidas 645 unidades, 18 a mais ante igual período do ano passado.
No segmento de carroceiras sobre chassi, as vendas de betoneiras cresceram 79,40% de janeiro a julho. Foram emplacadas 418 unidades, 185 a mais na comparação com o mesmo período de 2019. Os tanques também apresentaram resultado 20,39% maior, com 1.749 unidades.
São 296 a mais do que as vendidas em igual período de 2019. Uma das explicações para os números positivos é a volta da atividade econômica do setor de construção civil.
Tanto que modelos focados em outros tipos de operação mantiveram o fraco desempenho em vendas. É o caso dos graneleiros e dos baús frigoríficos.
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