A partir de domingo, 29 de abril, todos pneus novos do tipo radial para automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus só poderão ser vendidos com a chamada Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), resolução do âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro.
O comércio teve os últimos três anos para se adaptar e, agora, a etiqueta torna-se obrigatória para a venda de produtos nacionais e importados. Estão de fora da obrigatoriedade pneus diagonais, os exclusivos para máquinas agrícolas, de bicicleta, de competição, de uso militar e industrial, caso de empilhadeiras, de motocicletas, motonetas, ciclomotores, off road e de uso temporário.
A etiqueta obedece três critérios de avaliação: Resistência ao rolamento, aderência em piso molhado e ruído externo. O primeiro está diretamente relacionado à eficiência energética, pois diz respeito à energia absorvida quando o pneu está rodando. Quanto menor for a resistência ao rodar, menor será o consumo de combustível e, consequentemente, menor o impacto ao meio ambiente (emissão de CO2). Na etiqueta, os pneus serão classificados em seis níveis, sendo A o mais eficiente até G.
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O segundo indicador, aderência em piso molhado, tem a ver com desempenho e segurança. A classificação sinaliza a distância percorrida pelo veículo após frenagem quando a pista está molhada. A escala também de A a G e segue o mesmo raciocínio de melhor eficiência em ordem decrescente.
Já o terceiro critério indica o nível de ruído produzido pelos pneus medido em decibéis (dB). No caso de caso de caminhões e ônibus, o limite máximo permito é de 78 dB.
“A etiquetagem tem o objetivo de passar ainda mais transparência ao consumidor e ajudá-lo a escolher o pneu mais adequado ao seu veículo e tipo de direção”, observa Klaus Curt Müller, presidente da ANIP, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. “Desde 2015, além da diferenciação dos produtos no mercado, a etiqueta também passou a ser mais um estimulo à competitividade entre os fabricantes, o que favorece o desenvolvimento e a fabricação de produtos cada vez mais eficientes.”