Legislação

Iveco quer CNH B para elétricos com PBT acima de 3,5 t

Para incentivar a compra de veículos elétricos com maior capacidade, governo estuda mudar lei para que motoristas com CNH B possam conduzir veículos de 4 t de PBT

Andrea Ramos

24 de jun, 2024 · 5 minutos de leitura.

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eDaily
Iveco eDaily custa a partir de R$ 549 mil no Brasil
Crédito:Iveco/Divulgação
Iveco quer CNH B para veículos elétricos com PBT superior a 3,5 t

Veículos elétricos são mais pesados do que modelos equivalentes com motor a combustão. O motivo é o peso das baterias pode variar de 20% a 30% do peso total do veículo. Assim, em modelos comerciais há perda de capacidade de carga. É o caso dos novos Iveco, nas versões furgão e chassi-cabine, com Peso Bruto Total de 4,2 toneladas. Porém, a Iveco está trabalhando para mudar isso.

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Segundo a marca, já há um pedido, feito à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) para mudar essa lei. Ou seja, o objetivo é permitir que motoristas com carteira nacional de habilitação de categoria B possam guiar veículos mais pesados, com rodado duplo e 4 t. Não por acaso, recentemente a Iveco lançou eDaily de 4 t no Brasil.


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Iveco quer CNH B para veículos elétricos com PBT superior a 3,5 t
Iveco/Divulgação
Segundo a Iveco, objetivo e ajudar a reduzir custos de operação do novo veículo elétrico

Atualmente, veículos acima de 3,5 t de PBT só podem ser guiados pelos motoristas profissionais. Ou seja, com CNH de categorias C e D, por exemplo. Assim, de acordo com a legislação brasileira, motoristas com CNH B podem guiar apenas veículos de passeio, como automóveis. Bem como modelos comerciais com PBT de até 3,5 t e rodado simples.

Mudança pode incluir veículos elétricos pesados

Segundo a Iveco, as conversas com o governo começaram em fevereiro deste ano. “É uma forma de incentivar o uso do utilitário elétrico na cidade. O empresário já faz um alto investimento no veículo. Porém, se ele tiver que investir em motoristas profissionais, o custo de operação encarece”, diz o presidente da Iveco América Latina, Marcio Querichelli.


Conforme o executivo, o tema também foi discutido com outras empresas por meio da Anfavea, que representa as fabricantes do País. “O tema é uma iniciativa da Iveco. Mas a Anfavea também participa dessa discussão junto ao governo”, afirma Querichelli.

No mesmo sentido, a Volvo pleiteia na Senatran a adição de 2 t no peso do eixo dianteiro dos caminhões elétricos pesados. Segundo a atual lei, esses caminhões têm 6 t de capacidade no eixo dianteiro. Porém, com a mudança será possível transportar quase que a mesma carga de um caminhão a diesel. Na prática, isso serviria como um incentivo para a compra do caminhão elétrico.

Brasil não incentiva veículo elétrico

No Brasil, não há incentivos financeiros para troca da frota com motores a combustão por outra menos poluente. Ou seja, diferentemente do que ocorre em outros países, como na Europa, por exemplo. Seja como for, tudo indica que essa mudança será anunciada em breve. A informação foi revelada ao Estradão pelo Secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão.


De acordo com ele, os testes em simuladores foram concluídos com sucesso. Portanto, o próximo passo é finalizar as avaliações práticas para, em seguida, dar continuidade ao processo de mudança da lei.

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