A Volvo vai iniciar os testes do ônibus elétrico BZL no Brasil. Inicialmente, o modelo vai circular em Curitiba, onde fica a fábrica da Volvo no País. Conforme o vice-prefeito da capital paranaense, Eduardo Pimentel (PSD-PR), o município vai comprar 70 ônibus elétricos a partir de 2024. Por isso, a Urbs, que faz a gestão do sistema de transporte coletivo da cidade, está testando vários modelos de ônibus.
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Investimentos
Nesse sentido, veículos de marcas com Eletra, BYD, Mercedes-Benz e Marcopolo já foram avaliadas. Agora, entrarão em testes, além da Volvo, modelos da Higer. Segundo o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Mais Neto, para a compra dos veículos elétricos vão ser investidos de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões. Porém, por se tratar de recursos orçamentários, o preço da tarifa paga pelos usuários não vai mudar.
Vale lembrar que esses valores são apenas para a compra dos veículos. De acordo com Neto, cada ônibus elétrico tem preço médio entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões. Além disso, os investimentos para ampliar a infraestrutura de recarga vão ser feitos pelos operadores.
Seja como for, devem ser comprados veículos de várias marcas. Da mesma forma, os modelos vão ser do tipo Padron e articulados. Conforme o cronograma, os ônibus elétricos entram em operação a partir de junho de 2024. Porém, a prefeitura de Curitiba quer iniciar o processo de eletrificação do sistema a partir de setembro deste ano.
Volvo BZL
Afinal, até 2030 a capital paranaense pretende reduzir as emissões do transporte coletivo em 30%. Depois disso, a meta é chegar a 100% até 2050. Nesse sentido, Curitiba vai ser a primeira cidade brasileira a avaliar o Volvo BZL. O ônibus tem carroceria Marcopolo Attivi, do tipo Padron e com piso baixo. Segundo a Urbs, os veículos vão rodar em linhas que transportam, em média 135 mil passageiros por dia.
Seja como for, o Volvo BZL pode levar até 90 passageiros em pé e sentados. Para isso, a carroceria tem 12,6 metros de comprimento. A suspensão é pneumática e há até dois motores elétricos. Conforme a Volvo, cada um gera o equivalente a 272 cv de potência e 43 mkgf de torque. A transmissão, de duas velocidades automatizada, também é Volvo.
As baterias, por sua vez, ficam no teto do ônibus. De acordo com a marca, há opções com três, quatro ou cinco pacotes de baterias de 282, 376 e 470 kWh. Como resultado, a autonomia varia de 250 a 300 km. Além disso, o tempo de recarga pode ser de duas a quatro horas. Assim, a ideia é que isso seja feito à noite. Ou seja, quando os veículos estiverem parados nas garagens.
Mais opções
Conforme a Volvo, o BZL pode ter ativado o serviço de controle automático de velocidade. Ou seja, a tecnologia que utiliza o navegador GPS para definir, sem interferência do motorista, a velocidade de acordo com o local. Além disso, Volvo informa que está preparando a fábrica de Curitiba para produzir os chassis elétricos midi, micrão e padron piso alto. Bem como articulado e biarticulado.
Conforme o presidente da Volvo Ônibus, André Marques, as cidades precisam ter serviços de transporte público cada vez mais atrativos. Assim, a ideia é fazer com que quem tem veículo próprio também utilize o sistema. De acordo com o executivo, em breve a marca vai testar modelos articulados e biarticulados.
Embora não revele a data exata de início da produção local, a Volvo informa que isso vai ocorrer em breve. Inicialmente, o chassi dos ônibus elétricos virá da Suécia. Porém, partes como direção e freios já são feitas no Brasil. Seja como for, a marca está investindo R$ 250 milhões na preparação da planta, bem como no desenvolvimento dos veículos.
BZL vai rodar também em São Paulo
Em breve, a cidade de São Paulo também vai testar o Volvo BZL. Assim, os novos modelos devem atender as regras previstas pela SPTrans. Nesse sentido, os ônibus elétricos vão ter carroceria tipo Padron, de piso baixo, feitas pela Caio.
O modelo já foi apresentado e os testes de homologação estão em fase final. Seja como for, conforme o calendário as avaliações práticas começam entre outubro e novembro de 2023. Para isso, a operadora Transwolf foi escolhida para realizar as avaliações na capital paulista.
