A Volvo iniciou neste mês, em Curitiba (PR), a produção do primeiro chassi de ônibus biarticulado 100% elétrico da marca em todo o mundo. A operação brasileira lidera essa iniciativa global com o modelo BZRT, que também conta com uma versão articulada. A unidade paranaense produz ambos os modelos e, de acordo com a montadora, já pode fornecê-los para sistemas BRT em diferentes países.
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Com 28 metros de comprimento, o ônibus biarticulado elétrico pode levar até 250 passageiros. Segundo a Volvo, o modelo é uma alternativa ao metrô em corredores de ônibus, com custos menores de implantação e operação. Além disso, a fabricante pretende zerar as emissões de CO₂ da frota até 2040 e esse tipo de veículo integra esse plano.
O chassi BZRT usa dois motores elétricos que juntos somam 400 kW (540 cv) de potência, e pode receber até oito baterias, com capacidade total de 720 kWh. O tempo de recarga varia de duas a quatro horas, conforme a potência da estação.

De acordo com o fabricante, os motores ficam na parte central do ônibus para melhorar o equilíbrio do veículo. Da mesma forma, as baterias vão instaladas na parte de baixo do chassi, o que também libera espaço interno para os passageiros.
BZRT reduz automaticamente a velocidade em áreas sensíveis
A Volvo projetou o novo chassi biarticulado elétrico com base nos modelos a diesel que já circulam em sistemas BRT. Por isso, o BZRT usa a mesma suspensão, os mesmos eixos e o mesmo sistema de direção da versão com motor a combustão. Além disso, a montadora equipou o lançamento com sensores e câmeras que identificam riscos nos pontos cegos do veículo e detectam pedestres, ciclistas e obstáculos. O veículo também reconhece placas de trânsito e alerta o motorista sobre os limites de velocidade.
Outro recurso incluído no BZRT é o sistema Volvo Dynamic Steering. De acordo com o fabricante, esse equipamento aumenta a precisão na direção e reduz o esforço físico do motorista. A marca também preparou o modelo para receber o dispositivo “Zonas de Segurança”, que reduz automaticamente a velocidade do ônibus em áreas próximas a escolas, hospitais e terminais com base em dados de GPS.