A venda de ônibus novos recou em agosto, com 1.720 emplacamentos. Assim, o resultado é 27,8% menor que o de julho, quando 2.381 unidades foram registradas. Além disso, na comparação com as 2.406 vendas de agosto de 2024, a retração foi de 28,5%. Os dados foram divulgados pela Anfavea, associação de reúne as fabricantes de veículos instaladas no Brasil.
Todavia, no acumulado do ano os números são positivos. Ou seja, de janeiro a agosto de 2025, 15.736 ônibus foram emplacados no País, com alta de 14,4% na comparação com o mesmo período de 2024. Em números absolutos, no acumulado dos oito primeiros meses do ano passado foram vendidos 13.756 chassis de ônibus no País.
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Produção e exportações mantêm ritmo forte
Conforme dados da Anfavea, a produção teve o mesmo comportamento. Nesse sentido, as fabricantes entregaram 2.607 chassis de ônibus em agosto, com queda de 9,9% ante as 2.894 unidades feitas em julho. Porém, na comparação agosto de 2024 houve alta de 20,9%. No mesmo sentido, ante as 21.243 entregas feitas no acumulado de 2024 o avanço foi de 11,7%.
Por sua vez, as exportações tiveram papel importante para o setor em agosto, quando 695 ônibus foram enviados ao exterior. Esse número representa avanço de 16% sobre julho e quase o dobro (94,1%) em relação a agosto de 2024. No acumulado de janeiro a agosto, os embarques somaram 4.556 chassis, com alta de 57,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Conforme o presidente da Anfavea, Igor Calvet, a venda de ônibus no País é impulsionada pelo Programa Caminhos da Escola. O executivo ainda ressaltou que, apesar de o transporte escolar representar uma fatia significativa das vendas do setor, a tendência é de arrefecimento.

SP libera ônibus a biogás, opção que deve ser usada em outras cidades
Seja como for, Calvet lembra que a demanda por ônibus urbanos menos poluentes vai crescer. Nesse sentido, o presidente da Anfavea cita a cidade de São Paulo, que liberou o uso de veículos movidos a biogás para renovar sua frota de ônibus de transporte coletivo. Até então, a capital paulista focava os modelos elétricos para redução das emissões.
Conforme Calvet, o mercado de São Paulo é um "direcionador". Ou seja, de acordo com ele, a tendência é de que outros municípios sigam as diretrizes da capital paulista. De acordo com ele, a decisão adotada pela cidade sinaliza o uso de múltiplas tecnologias para acelerar a renovação da frota de ônibus urbanos em outras capitais do País.
Nesse sentido, Calvet afirma que a medida fortalece a necessidade da transição energética no transporte coletivo. Ou seja, quer permita combinar várias possibilidade, como ônibus elétricos e a gás biometano para substituir os atuais veículos com motor a diesel.
Veja as 10 marcas que mais venderam ônibus em 2025
- Mercedes-Benz – 9.426 (49,82%)*
- Volkswagen Truck & Bus – 3.944 (20,84%)
- Marcopolo – 2.275 (12,02%)
- Iveco – 1.905 (10,07%)
- Scania – 483 (2,55%)
- Volvo – 344 (1,82%)
- Agrale – 189 (1,00%)
- Induscar – 178 (0,94%)
- BYD – 134 (0,71%)
- Higer – 11 (0,06%)
*Participação de mercado; Fonte: Fenabrave